INTRODUÇÃO:A automedicação com antibióticos representa um sério problema de saúde pública em todo o mundo, contribuindo significativamente para o aumento da resistência antimicrobiana. Essa prática ocorre quando indivíduos utilizam antibióticos sem prescrição ou orientação médica, o que pode resultar em uso inadequado, efeitos adversos e falhas terapêuticas. Compreender os fatores de risco que levam à automedicação é fundamental para desenvolver estratégias de intervenção que possam mitigar seus impactos negativos na saúde pública.OBJETIVO:O objetivo deste estudo é identificar e analisar os principais fatores de risco relacionados à automedicação por antibióticos entre diferentes populações.MÉTODOS: Foi realizada uma revisão narrativa da literatura utilizando bases de dados como PubMed, Scielo e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Os critérios de inclusão foram estudos publicados nos últimos 5 anos que abordassem fatores de risco para a automedicação com antibióticos. As palavras-chave utilizadas por intermédio do descritores em ciências da saúde (DeCS): "automedicação", "antibióticos" e "fatores de risco". A análise dos dados foi feita por meio de uma abordagem qualitativa, agrupando os fatores de risco identificados.RESULTADOS: Os principais fatores de risco identificados incluem a falta de conhecimento, que faz com que muitos desconheçam os riscos associados ao uso inadequado de antibióticos, como a resistência bacteriana. Além disso, o fácil acesso a antibióticos permite que esses medicamentos sejam comprados sem prescrição, facilitando a automedicação. Experiências anteriores com o uso de antibióticos levam as pessoas a acreditarem que podem se tratar corretamente sem a orientação de um profissional de saúde. A influência de familiares e amigos, assim como as barreiras no acesso a serviços de saúde, como dificuldades para conseguir consultas ou altos custos, também contribuem para essa prática. Por fim, a publicidade inadequada de medicamentos muitas vezes não fornece informações corretas sobre o uso dos antibióticos, agravando ainda mais a situação.CONCLUSÃO:A automedicação com antibióticos é influenciada por uma combinação de fatores individuais, sociais e estruturais. Programas de educação em saúde e políticas rigorosas de controle de venda de antibióticos são essenciais para reduzir essa prática, além de uma forma de conscientização sobre os riscos da automedicação.