Introdução: Ansiedade é um diagnóstico de enfermagem caracterizado por sentimento de medo ou pavor, com diversos sintomas físicos como aumento da frequência cardíaca, sudorese, tremores e rigidez muscular. Esse estado emocional pode ocorrer por vários motivos, incluindo situações novas ou desconhecidas, a exemplo, um procedimento cirúrgico. Essa sensação pode ocorrer desde o pré até o pós-operatório e afetar o resultado clínico e a recuperação do paciente. Objetivos: Revisar na literatura as características da Ansiedade relacionadas a cada fase do período cirúrgico. Método: Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, descritiva, de caráter exploratório. A coleta temporal dos dados ocorreu entre os meses de novembro de 2023 a fevereiro de 2024, por meio de uma revisão sistemática da literatura. Foram utilizados descritores do DeCS e MeSH, nos idiomas português, inglês e espanhol, no intervalo de 5 anos (2018-2023). Resultados: O período pré-operatório é frequentemente caracterizado por altos níveis de ansiedade devido ao medo do desconhecido, medo da anestesia, dor e possibilidade de complicações cirúrgicas. Pesquisas demonstram que essa ansiedade pode aumentar a dor, a necessidade de medicamentos anestésicos e a incidência de complicações perioperatórias. Durante a fase intraoperatória, embora a maioria dos pacientes permaneça anestesiado durante a cirurgia, a ansiedade pode persistir ou até mesmo se intensificar no período que antecede a indução da anestesia. Por fim, durante o pós-operatório, a dor, a preocupação com a recuperação e a possibilidade de complicações podem repercutir para a ansiedade. A dor pós-operatória, em particular, é um fator significativo no aumento da ansiedade. Além disso, a ansiedade prolongada após a cirurgia pode afetar negativamente a recuperação, aumentar o tempo de internação hospitalar e impactar a qualidade de vida dos pacientes. Considerações finais: A ansiedade é uma resposta emocional que permeia todas as fases do processo cirúrgico, influenciando os resultados e a experiência do paciente. Intervenções eficazes para o manejo da ansiedade devem ser integradas ao cuidado perioperatório, a fim de melhorar os resultados clínicos e o bem-estar do paciente. A pesquisa contínua nesta área é essencial para desenvolver estratégias mais eficazes e personalizadas de manejo da ansiedade em contextos cirúrgicos.