Introdução: O envelhecimento populacional traz consigo uma série de mudanças fisiológicas e o aumento de doenças crônicas, fatores que requerem tratamentos farmacológicos diversos e que frequentemente levam os idosos à polimedicação. Nesse viés, a Inteligência Artificial (IA) surge como uma ferramenta promissora para apoiar a enfermagem na promoção do manejo farmacológico racional em idosos. Essa ferramenta pode auxiliar na análise de dados clínicos, identificação de interações medicamentosas, monitoramento de efeitos adversos e na personalização de tratamentos, representando uma integração inovadora de tecnologia e cuidados centrados no paciente. Objetivo: Analisar como a inteligência artificial pode ser integrada aos cuidados de enfermagem para promover o uso racional da polimedicação em pacientes idosos. Métodos: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura mediante pesquisa nas bases de dados PubMed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) para identificar artigos publicados nos últimos cinco anos. Foram utilizados os termos de busca, cadastrados no DeCS: “inteligência artificial”, “polimedicação”, “idosos”. O operador booleano “AND” foi utilizado. O fluxograma PRISMA para revisões integrativas foi aplicado. Assim, foram excluídos estudos que não estavam disponíveis na íntegra, não eram diretamente relacionados à temática, estudos repetidos e/ou não utilizavam medidas adequadas para avaliar a influência da inteligência artificial no apoio racional da polimedicação na geriatria. A busca inicial revelou 100 estudos e, desses, 6 foram selecionados após leitura e aplicação dos filtros supracitados. Resultados: A IA, em geral, tende a aumentar o uso racional da polimedicação em idosos. Entretanto, os resultados variam conforme o design e o conteúdo de cada ferramenta. Os estudos mostram uma diversidade de recursos que podem ser utilizados através da IA. Eventualmente, as características de maior eficácia são os aplicativos web que empregam algoritmos avançados e auxiliam na gestão diária dos medicamentos, oferecendo informações detalhadas sobre cada fármaco, incluindo efeitos colaterais, dosagens recomendadas e instruções de uso. Considerações finais: Em síntese, a IA é uma ferramenta em potencial para o uso racional de medicamentos, reforçando sua capacidade de oferecer suporte eficaz na prática clínica geriátrica. Portanto, investimentos contínuos em pesquisa e desenvolvimento são necessários para otimizar a aplicação da IA em serviços de saúde.