INTRODUÇÃO: A violência obstétrica ocorre quando profissionais de saúde adotam comportamentos desrespeitosos, realizam procedimentos desnecessários ou não baseados em indicação clínica, tanto com a parturiente quanto com o recém-nascido. Em todo o mundo, muitas mulheres enfrentam algum tipo de violência durante o parto e no período pós-parto. Para enfermeiros que buscam oferecer cuidado humano e abrangente, lidar com essa realidade é um dos maiores desafios, especialmente ao tentar assegurar o direito e o protagonismo das mulheres durante o parto. OBJETIVO: O presente trabalho teve como objetivo descrever os desafios vivenciados por enfermeiros no atendimento à mulher vítima de violência obstétrica. MÉTODO: A pesquisa trata-se de uma revisão de literatura integrativa fundamentada na pesquisa bibliográfica, utilizando estratégias de busca nas bases de dados: LILACS, BVS e SCIELO, foram selecionados 08 artigos que tinham afinidade com os objetivos da pesquisa. Todos estavam no idioma em língua portuguesa e, publicados entre os anos 2018 a 2021. RESULTADOS E DISCURSSÃO: Analisou-se que muitas vezes os profissionais que atendem as mulheres, colaboram com essa prática em diferentes âmbitos e praticam por ser considerado algo normal e comum no seu meio laboral. No entanto, muitos enfermeiros não compreendem que as vezes um pequeno gesto ou atitude considerada inofensiva por muitos profissionais, é configurada uma forma de violência obstétrica, a exemplo de comentários, descriminação racial e socioeconômica. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a violência é compreendida a partir de atos de violência verbal e física, que desrespeitam à autonomia da mulher, sendo realizada a partir de intervenções desnecessárias, que repercutiram na vida da mulher e, são perpetuadas por profissionais que deveriam ser seus principais cuidadores e combatê-las.