Introdução: As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) são agravos multifatoriais, que estão diretamente relacionados ao estilo de vida, hábitos alimentares e, aos contextos familiar e socioeconômico. Nesse sentido, considerando a dificuldade de adesão ao tratamento, é nítida a importância do enfermeiro da Estratégia de Saúde da Família no manejo clínico dos usuários portadores das DCNTs. Objetivo: Identificar na literatura, métodos utilizados pelo enfermeiro da Estratégia de Saúde da Família para garantir a adesão ao tratamento de Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Metodologia: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura na Biblioteca Virtual de Saúde, por meio dos descritores de saúde “Doenças Crônicas” e “Atenção Primária à Saúde”, com auxílio do operador booleano “AND”. Após aplicar os critérios de inclusão (estar nas bases LILACS ou MEDLINE, sendo publicado em português, nos últimos cinco anos), encontrou-se 145 artigos. Aplicados os critérios de exclusão (título, resumo e duplicidade), foram incluídos sete artigos para leitura na íntegra. Resultados: Dentre as diversas estratégias para garantir adesão ao tratamento, destaca-se o desenvolvimento de ações educativas, as quais devem se estender ao núcleo familiar do paciente, É válido ressaltar que tais ações devem considerar o nível de escolaridade e entendimento do público-alvo, a fim de realizar uma educação em saúde realmente eficaz. Além disso, o acompanhamento regular, a realização de consultas de enfermagem, as visitas domiciliares, o grupo HiperDia, o apoio emocional e a atuação em conjunto com os demais integrantes da equipe de saúde da família são fundamentais para garantir a longitudinalidade do processo de cuidado prestado a esses usuários. Conclusão: A maioria das estratégias adotadas para garantir a adesão dos pacientes são focadas em conscientizá-los sobre a importância de realizar o tratamento medicamentoso de forma adequada, bem como mudar o estilo de vida. Isso acontece porque muitos deles tendem a tomar os medicamentos apenas mediante presença de mal-estar, além de não entenderem a influência dos próprios hábitos na eficácia do tratamento. Nesse sentido, é imprescindível que o enfermeiro realize, sobretudo, educação em saúde, adaptando os métodos educativos de acordo com cada usuário.