Introdução: Os dispositivos intravenosos desempenham um papel crucial no manejo de pacientes em ambientes hospitalares, especialmente nas unidades de terapia intensiva (UTI), sendo indispensáveis para administração de medicamentos, nutrição parenteral e monitorização hemodinâmica. No entanto, o uso inadequado desses dispositivos pode estar associado a infecções graves, que não apenas prolongam o tempo de internação, mas também elevam significativamente os custos hospitalares. Assim, a seleção criteriosa e a manutenção adequada desses cateteres são imperativas para garantir a qualidade do cuidado prestado e prevenir complicações associadas. Objetivo: Avaliar o conhecimento de enfermeiros e médicos sobre a indicação correta de cateteres intravenosos na UTI. Metodologia: Este estudo descritivo, de natureza transversal e com abordagem quantitativa, foi conduzido com uma amostra composta por enfermeiros e médicos plantonistas de uma UTI de um hospital de alta complexidade em Recife, Pernambuco. A coleta de dados ocorreu em duas fases distintas. Uma primeira fase, denominada "baseline", envolveu a análise de um banco de dados pré-existente, focada no gerenciamento de cateteres venosos, envolvendo um diagnóstico situacional. A segunda fase consistiu na aplicação de um questionário que apresentou cinco casos clínicos. Cada profissional foi solicitado a selecionar o cateter intravenoso mais seguro para cada caso, com base em seu conhecimento e julgamento. Resultados: Observe-se que o conhecimento sobre a correta indicação de cateteres intravenosos, incluindo aspectos técnicos e práticos, foi maior entre os profissionais enfermeiros. A taxa média de respostas corretas entre os médicos foi de 58%, enquanto os enfermeiros apresentaram uma taxa de 71,25%. Conclusão: Conclui-se que o conhecimento de enfermeiros e médicos sobre a indicação adequada de cateteres intravenosos em pacientes de UTI, revelam que os enfermeiros obtiveram um conhecimento superior em comparação aos médicos em relação a esta temática.