Introdução: O câncer do colo do útero é prevenível e possui exame para rastreamento de fácil acesso à população. Todavia, em muitos lugares ainda é possível identificar a difícil adesão das usuárias ao exame. Ademais, o câncer do colo do útero está entre as principais causas de morbidade e mortalidade nos últimos anos. Entre motivos para não realização do exame, destaca-se entre as usuárias o medo, constrangimento e falta de informações sobre o exame, bem como sua periodicidade. Objetivo: Identificar percepção e sentimentos das usuárias do SUS em relação ao exame papanicolau. Metodologia: Este estudo trata-se de uma revisão da literatura, realizada em junho de 2024. A busca por literatura foi conduzida nas bases de dados MEDLINE, LILACS e BDENF- Enfermagem. Utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) e o operador booleano "and", a busca inicial envolveu os termos "Mulher", "Papanicolau" e "Atenção Básica", resultando em 33 artigos, dos quais 4 foram selecionados para o desenvolvimento do estudo. Os critérios de inclusão foram, artigos completos disponíveis nas bases de dados, artigos originais e que possuíssem relação com a temática abordada, nos idiomas inglês, português e espanhol, sem recorte temporal. Resultados: Foi identificado que a maioria das usuárias desconhecem o real motivo de realizar exame, não entendem a frequência de quando realizar o exame, expressaram sentir vergonha ao realizá-lo e sentiram desinformadas. Nota-se também ansiedade relativa à dor ao realizar o procedimento de coleta da colpocitologia oncótica cervical, identificado na maioria das usuárias, uma vez que, o procedimento é considerado invasivo e desconfortável para essas mulheres. Vale destacar, a presença do constrangimento e sentimentos de insegurança que permeiam esse procedimento. Há porém um pequeno percentual de mulheres, que sabem da importância e que realizam dentro do período estipulado. Considerações Finais: O exame de rastreamento do câncer do colo do útero é crucial para tratamento precoce. Portanto, programas em parceria com equipe da estratégia da família estimulam a promoção do exame e educação em saúde. Estudos mostram que muitas mulheres desconhecem motivo e frequência do exame, realizam apenas no pré-natal ou enfrentam barreiras geográficas, de horário. A equipe deve promover e divulgar o exame, além de informar sobre sua importância para a saúde da mulher. O que pode contribuir com a redução da mortalidade por câncer de útero.