Introdução: A identificação correta do paciente é reconhecida como a primeira meta da segurança do paciente, visto que a inexistência de uma padronização de identificação nas instituições de saúde contribui para erros ou danos fatais. No cenário neonatal, os recém-nascidos estão expostos a maiores riscos desde o nascimento, decorrentes de suas características e dos procedimentos invasivos aos quais são submetidos. Pode-se acrescentar, a sobrecarga de trabalho, subdimensionamento de profissionais e infraestrutura inadequada das Unidades Neonatais. Nesse contexto, a identificação do paciente neonatal é realizada por meio da pulseira, placas beira leito, prontuário, etiquetas e a participação ativa do responsável legal na confirmação das informações. Objetivo: Descrever a experiência vivenciada por enfermeiros e residentes de enfermagem em neonatologia frente às estratégias de melhorias para identificação de pacientes homônimos. Método: Estudo descritivo do tipo relato de experiência, realizado em dezembro de 2023 em uma Unidade de Cuidado Neonatal Canguru (UCINCa) de uma Maternidade Escola no Nordeste do Brasil. Para estruturar as estratégias de melhoria, utilizou-se ciclos Plan-Do-Study-Act (PDSA), ferramenta para testar e implementar ideias de mudanças nos ambientes de saúde. Resultados/discussão: Foram necessários seis ciclos PDSA para o alcance das melhorias, pois verificou-se que alguns precisaram ser repetidos e ajustados por pouco ou quase nenhum engajamento dos profissionais; por necessidade de ampliar em outros turnos; por falta de pacientes homônimos ou até mesmo por falta de insumos. Assim para minimizar as consequências desastrosas de uma identificação incorreta foram implementadas as seguintes estratégias: Confecção de sinalização para diferenciar os prontuários; Padronização da cor vermelha na escrita da placa beira leito; Alocação dos pacientes homônimos em ambientes distintos e Prestação do cuidado com profissionais distintos. Observou-se que as não conformidades na identificação dos pacientes estão como causa raiz de inúmeros erros, com destaque a presença de nomes e registros similares ou com grafia e som semelhantes, ausência de barreira física e técnica. Considerações finais: As estratégias de melhorias baseadas em ciclos PDSA revelaram ser úteis para diferenciar os pacientes homônimos, reduzindo erros, conferindo maior autonomia aos profissionais e ampliando a segurança dos procedimentos realizados no processo assistencial neonatal.