Introdução: A doença de Chagas, conhecida por tripanossomíase americana, é transmitida pelo Trypanosoma cruzi. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 6 e 7 milhões de pessoas vivem com a doença no mundo. Além disso, é considerada uma doença tropical endêmica na América Latina, com elevada prevalência de casos na Bolívia, Argentina, Brasil, México e Colômbia. No Brasil, atualmente predominam os casos crônicos decorrentes de infecção vetorial, em torno de 3 milhões de infectados. A doença é a quarta causa de morte no país entre as doenças infecciosas e parasitárias, sendo as faixas etárias mais atingidas acima de 45 anos. Objetivos: Relatar a atuação do enfermeiro no cuidado à pessoa vivendo com doença de Chagas crônica em um serviço de referência de Pernambuco. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, objetivando descrever as atividades desenvolvidas durante o rodízio obrigatório da residência de enfermagem em infectologia, em um serviço de referência de Doença de Chagas Crônica (DCC) e Insuficiência Cardíaca (IC) do estado de Pernambuco. Resultados: No decorrer do rodízio, foram desenvolvidas atividades primordiais, referentes a assistência aos pacientes portadores de DCC e IC; foram realizadas investigações de risco epidemiológico e análise de sinais e sintomas sugestivos de comprometimento cardíaco e/ou digestivo decorrente da DCC; tanto aos pacientes índices, que foram encaminhados para investigação, quanto os familiares dos pacientes que já são acompanhados no serviço; concomitantemente é realizada educação em saúde acerca da doença e seus vetores (Triatomíneos) e coletadas amostras biológicas para realização das sorologias; ademais, são realizadas orientações acerca dos medicamentos prescritos e os respectivos horários, em relação aos pacientes não alfabetizados, foram confeccionados receituários lúdicos. Considerações finais: Perante o exposto, ressalta-se a importância do enfermeiro ter conhecimentos específicos acerca da doença de Chagas, para garantir uma assistência adequada, de qualidade, individualizada e humanizada. Além disso, foi evidenciada a relevância e o impacto da adesão ao tratamento do paciente quando é realizado uma educação em saúde integral e inclusiva.