INTRODUÇÃO: O câncer de pênis, apesar de ser um tumor raro, possui uma incidência considerável no Brasil, a cada 100.000 casos por ano, 5.7 são oriundos daqui. O principal fator de risco para o câncer de pênis é o Papillomavirus Humano. Além da condição básica para o desenvolvimento da doença, o HPV 16 e 18, outros fatores estão relacionados como a fimose, a higiene pessoal precária, práticas sexuais desprotegidas e, o tabagismo. OBJETIVO: Analisar o perfil de casos de câncer de pênis e fatores de risco em homens brasileiros. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão integrativa sobre tendências do câncer de pênis no Brasil. O buscador utilizado na pesquisa foi a BVS via Portal CAFe da plataforma CAPES. Os descritores utilizados na estratégia de busca para a pesquisa foram: “Neoplasias penianas”, “Fatores de risco” e “Epidemiologia”, no idioma português e em um recorte de 2019-2023, com 27 artigos iniciais e que após aplicados os critérios de inclusão, foram reduzidos a 3, onde irão compor essa pesquisa. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os três estudos, um realizados no Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA) um no Hospital do Câncer Aldenora Bello (HCAB), ambos localizados em São Luís, Maranhão, Brasil e um no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP/USP) localizado na cidade de Ribeirão Preto, estado de São Paulo, Brasil, revelaram um total de 307 casos de câncer de pênis em homens brasileiros. Observou-se que a frequência de casos de câncer de pênis variou nos estudos entre 37,80% a 84,7%. As idades dos casos variaram de 23 a 95 anos. Quanto ao nível de instrução 252 casos (82,02%) apresentaram baixa escolaridade. 206 homens (67,10%) eram positivos para HPV e 93 (30,29%) apresentaram fimose. 160 (52,12%) tinham história de tabagismo e 144 dos pacientes (46,91%) tinham práticas de higiene precárias. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Há uma maior prevalência de casos de câncer de pênis em homens de baixo nível sócio econômico com concentração de casos a partir dos 60 anos. Os principais fatores de risco associados são a higiene íntima inadequada, fimose, HPV, múltiplos parceiros sexuais e o tabagismo. Houve limitação nesta revisão pelo número baixo de estudos identificados não permitindo expressar a realidade brasileira, o que aponta para a necessidade de publicação de pesquisa na área em diversas regiões do país.