Introdução: Os transtornos mentais e comportamentais são constituídos por alterações no funcionamento psicológico, emocional ou comportamental de um indivíduo, abrangendo uma variedade de condições como, depressão, transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade e esquizofrenia. Esses transtornos impactam significativamente a qualidade de vida, além de representarem um desafio para o sistema de saúde público, devido à sua complexidade e influência em fatores como mortalidade e o acesso aos cuidados de saúde. Objetivos: Analisar o perfil epidemiológico e a distribuição espacial da mortalidade por transtornos mentais e comportamentais no estado do Pará. Método: Estudo ecológico, quantitativo, com dados secundários de casos de óbito por transtornos mentais e comportamentais, extraídos da plataforma digital DATASUS. Foram estudadas as variáveis faixa etária, sexo, raça/cor, escolaridade e estado civil, sendo calculadas as frequências absolutas e relativas, e taxas brutas de mortalidade. O software Microsoft Excel foi utilizado para os cálculos e o software QGIS para a construção de mapa coroplético. Resultados/discussão: Foram identificados 45.499 casos de óbito por transtornos mentais e comportamentais, com maior frequência na população masculina, na faixa etária acima dos 80 anos de idade, pardos, sem escolaridade e solteiros. Quanto à distribuição espacial, destacaram-se municípios como Belém, Pacajá e Redenção. Associam-se estes resultados à insuficiência ou ausência de infraestrutura e programas de saúde mental que atendam às necessidades específicas desses grupos vulneráveis. Considerações finais: A análise epidemiológica e espacial da mortalidade por transtornos mentais e comportamentais no estado do Pará oferece insights valiosos para a saúde pública. A identificação de áreas geográficas de maior risco e a compreensão dos fatores associados são fundamentais para o desenvolvimento de estratégias preventivas e intervenções eficazes.