INTRODUÇÃO: A Organização Mundial de Saúde em consonância com as estratégias de redução da mortalidade materna e neonatal, publicou uma série de recomendações de assistência ao parto com base nas evidências científicas disponíveis. O conhecimento dessas recomendações é partilhado entre os profissionais de saúde, contudo, pouco é explorado sobre o conhecimento das práticas preconizadas pelas gestantes assistidas nos serviços de saúde durante o trabalho de parto. OBJETIVO: Analisar na literatura o nível de conhecimento das gestantes sobre as práticas recomendadas na assistência ao parto. MÉTODO: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura. A busca dos estudos foi realizada entre os meses de julho e agosto de 2023, nas seguintes bases de dados: Medical Literature Analysis and Retrieval System Online via PubMed, Scientific Electronic Library Online e SCOPUS. Foram utilizados os descritores em ciências da saúde: Humanization of Childbirth Care, Obstetric Nursing, Pregnant, Health Education, Brazil combinados com os operadores booleanos AND e OR. Foram adotados os critérios de inclusão: artigos originais sobre a temática de estudo, disponíveis na íntegra e publicados nos idiomas inglês e português, nos últimos cinco anos. Foram excluídas revisões de literatura, teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O processo de busca dos estudos resultou em uma amostra de 29 artigos, realizados no Brasil e publicados em inglês, destes apenas três atenderam aos critérios de elegibilidade e foram incluídos na amostra final. Constatou-se que a maioria das gestantes não possuíam um nível de conhecimento satisfatório acerca das práticas de assistência ao parto. Condição que pode ser associada ao baixo nível de escolaridade, dificuldades de acesso à informação, ausência de estratégias educativas e intervenções durante as consultas de pré-natal. Foi verificado também que gestantes que participaram de intervenções educativas demonstraram melhor conhecimento sobre o tema e escolha da via de parto vaginal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Através deste estudo, observou-se que a participação das gestantes em intervenções educativas teve um impacto significativo no conhecimento e preferência pela via de parto vaginal entre as mulheres. Contudo, destaca-se a necessidade de abordagens personalizadas e uma colaboração estreita entre instituições de saúde e profissionais para efetivamente melhorar a experiência de parto e a autonomia das mulheres.