INTRODUÇÃO: A violência contra o idoso é um problema de saúde pública, de caráter mundial, que afeta consideravelmente a qualidade de vida dessa população, pois acarreta adoecimento físico e psicológico, e traz muitas consequências, como: dor; lesões; medo; desnutrição; inapetência; distúrbios do sono e, até mesmo, suicídio. Para a identificação dessa problemática, estão inseridos na Atenção Primária a Saúde os Agentes Comunitários de Saúde (ACS). OBJETIVO: Compreender as percepções de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) sobre a violência contra idosos no contexto doméstico e comunitário. MÉTODO: Trata-se de uma pesquisa exploratória de abordagem qualitativa realizada em Pau dos Ferros/RN. Para coleta de dados foram realizadas 21 entrevistas com Agentes Comunitários de Saúde atuantes nas Unidades Básicas de Saúde do referido município. Para análise das entrevistas foi utilizada a Técnica de Análise de Conteúdo segundo Bardin. Ao final, 4 categorias emergiram: Compreensão dos ACS sobre Violência Doméstica e Comunitária contra Pessoa Idosa; Percepções dos profissionais em relação aos sentimentos/vivências do idoso que sofre de violência; Os tipos prevalentes de violência que afetam a vida do idoso e A comunicação da equipe de saúde como forma de combate à violência contra o idoso. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O estudo evidenciou que os ACS conseguem diferenciar a violência doméstica da violência comunitária e as percebem no comportamento do idoso ou até mesmo por mudanças físicas. As violências que são mais identificadas são: a psicológica, a física, a financeira e a negligência. Quando ocorre essa identificação, o ACS comunica para a enfermeira responsável, para a equipe multiprofissional, e posteriormente, aciona o CRAS e o CREAS, para que as medidas necessárias sejam realizadas. CONCLUSÃO: Assim, conclui-se que a capacitação dos ACS permite que adquiram conhecimentos para realizar um trabalho de qualidade, garantindo a prevenção e proteção do idoso contra violência.