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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
OS IMPACTOS DO MOVIMENTO ANTIVACINA NA SAÚDE PÚBLICA DO BRASIL: UMA REVISÃO NARRATIVA
Relatoria:
Maria Gabriele Andrade Alves
Autores:
  • ALICYREGINA SIMIÃO SILVA
  • JAMILE DOMINGOS DE NASCIMENTO
  • ALEIDE BARBOSA VIANA
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: A imunização por meio de vacinas é reconhecida como um dos pilares no controle da maioria das doenças infectocontagiosas. No Brasil, o Programa Nacional de Imunização (PNI) foi estabelecido com o objetivo de garantir a cobertura vacinal em todo o território, de forma gratuita, contribuindo para a erradicação e controle de doenças e apresentando-se como referência mundial. Nos últimos anos, observa-se um aumento significativo na adesão aos movimentos antivacina, potencializado pelo avanço das tecnologias e disseminação de informações relacionadas à saúde sem embasamento científico, o que contribuí para a menor adesão da população à vacinação. Diante disso, torna-se imperativo investigar e compreender os impactos desses movimentos na saúde pública do Brasil e explorar estratégias para enfrentar esse desafio crescente. OBJETIVO: Identificar os impactos do movimento antivacina na saúde pública no Brasil. MÉTODO: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, realizada por meio da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), da base de dados LILACS, dos sites do Instituto Butantan e do Ministério da Saúde, além do DATASUS. O cruzamento entre os descritores Movimento Contra Vacinação, Cobertura Vacinal e Saúde Pública foi realizado por meio da utilização do operador booleano AND. Foram encontrados dez artigos dos quais quatro foram usados como referência desse estudo, pois obedeciam aos critérios de inclusão que foram textos narrativos datados dos últimos cinco anos em língua portuguesa. RESULTADOS: O Instituto Butantan apontou que mais de 60% dos municípios brasileiros não alcançaram a meta de cobertura vacinal de 95% estabelecida pelo Ministério da Saúde. Além disso, dados do DATASUS mostram que, em 2023, 73% da população brasileira não se imunizou contra a hepatite, indicando uma lacuna significativa na cobertura vacinal para essa doença viral. Essa realidade tem contribuído para o ressurgimento de doenças controláveis e, consequentemente, para a sobrecarga do sistema de saúde, colocando em risco a saúde e o bem-estar da população. CONCLUSÃO: Diante da baixa adesão à vacinação e do não cumprimento das metas de cobertura vacinal estabelecidas pelo Ministério da Saúde, aliados ao ressurgimento de doenças controláveis, torna-se evidente a urgência de ações eficazes para fortalecer os programas de imunização no Brasil, de modo a garantir o acesso equitativo às vacinas em todas as regiões do país.