Introdução: A Hanseníase e a Tuberculose são doenças infectocontagiosas e endêmicas no Brasil. Sendo assim, a Educação Popular em Saúde (EPS) configura-se como um trabalho social cuja atividade é direcionada pelo diálogo e pelo compartilhamento de informações e saberes, comprometidos com a transformação social, desse modo, trabalhando essas doenças através da EPS, conseguimos atrelar os saberes científicos aos saberes empíricos. Objetivo: O objetivo deste estudo é relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem ao realizar ações de EPS sobre Hanseníase e Tuberculose em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) em um município brasileiro. Método: Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, do tipo relato de experiência, construído através do Componente Curricular (CC) “Estágio Supervisionado Obrigatório I”, ministrado no 6° período do curso de Enfermagem na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), Campus Avançado de Pau dos Ferros (CAPF). Resultados/discussão: A construção destes momentos se deu a partir do planejamento e aplicação de duas propostas de intervenções em dois momentos distintos, sendo o primeiro uma Busca Ativa no território adstrito à UBS e o segundo uma roda de conversa sobre o assunto em uma igreja da comunidade. A partir das intervenções, foi possível compreender os estigmas ainda arraigados sobre as doenças, como também conhecer/ouvir relatos de pessoas já tratadas ou em tratamento para tais doenças, além da articulação necessária entre os discentes, professores e profissionais da unidade. Considerações finais: Portanto, vê-se a premência em se trabalhar essas temáticas na APS, sobretudo, ressaltar a importância da adesão aos tratamentos, e por meio da EPS, que traz uma concepção do Sistema Único de Saúde, onde é possível trabalhar e aprender baseada nas experiências do cotidiano coletivo, tanto da comunidade, quanto dos profissionais.