Introdução: O trabalho da enfermagem é complexo, dinâmico e multifacetado. Diante do cenário imposto pela pandemia de COVID-19 as demandas dos cuidados de saúde se intensificaram, desvelando a fragilidade dos serviços de saúde e o sofrimento dos profissionais em um contexto de precarização. Objetivo: Caracterizar a produção científica brasileira sobre precarização do trabalho em enfermagem na pandemia de COVID-19. Métodos: Revisão integrativa realizada em abril de 2023 na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) por meio da estratégia de busca: (COVID-19) AND (Enfermagem) AND (Condições de Trabalho) AND (Brasil), sem filtro de idioma, com estudos publicados entre 2019 a 2023. Foram encontradas 31 referências distribuídas nas bases de dados: LILACS (4), BDENF (1), SciELO (3), LIS (1). Referências hospedadas em LILACS e BDENF (22). Após leitura de títulos e resumos, foram excluídos: sem relação com o tema (6), editorial (1), estudo de revisão (1), ensaio e estudo de reflexão (7), preprints (3) e recurso na internet (1). Os 12 artigos foram analisados, organizados e categorizados em Microsoft Excel. Resultados: Os anos de publicação foram: 2020 (2), 2021 (6) e 2022 (4). Os locais de realização foram: todas as regiões do Brasil (3), Nordeste (3), Sudeste (2), Centro-Oeste (1) e Sul (1). Dois (2) estudos não indicaram o local de realização. Quanto ao método tem-se: estudos descritivos (3), estudos transversais (2), história oral (1), pesquisa documental (1), estudo seccional (1), pesquisa exploratória (1). Em três (3) o método não foi explicitado. Diversos cenários foram lócus de pesquisa, destacando-se hospitais (7 estudos), Unidades Básicas de Saúde (4), Unidades de Pronto Atendimento (2) e Unidade de Urgência e Emergência (2). Em três (3) o local não foi mencionado. As categorias de análise mais recorrentes foram: jornada de trabalho exaustiva (12), alto risco laboral (12), comprometimento mental (10), comprometimento físico (7) e violência no trabalho (1). Conclusão: O ápice da pandemia em 2021 impulsionou o desenvolvimento de mais pesquisas. Os estudos realizados nas cinco regiões brasileiras, evidenciam a temática a nível nacional. A jornada exaustiva de trabalho e a falta de biossegurança expõe a enfermagem a problemas físicos e mentais. É necessário a produção de estudos que analisem a precarização do trabalho de enfermagem frente a COVID-19.