Introdução: A prevenção do HIV é relevante para saúde pública e necessária para todos os grupos populacionais. Objetivo: Descrever o perfil sociodemográfico dos usuários de uma UBS quilombola participantes em um estudo sobre prevenção do HIV e uso de preservativos. Método: Estudo descritivo, realizado em março de 2024, em um município do estado da Bahia, com 171 usuários que responderam ao questionário pesquisa de conhecimento, atitudes e práticas na população brasileira, validado pelo Ministério da Saúde. As respostas foram organizadas pelo programa Microsoft Excel. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da UNEB sob número 6.068.715 e deriva do projeto guarda-chuva intitulado “Sexualidades, vulnerabilidades e qualidade de vida de pessoas vivendo com HIV”. Resultados/discussão: A grande maioria eram do sexo feminino (83,63%), predominância de raça/cor é negra (83,04%), com conjugue (60,02%), faixa etária mais comum de 20 a 29 anos (38,60%). Quanto à escolaridade, a maioria frequentou o ensino médio/superior (75,44%). No que diz respeito ao trabalho atual, a maior parte dos participantes não trabalha (36,26%), porém, possui acesso a bens de consumo como telefone/celular, geladeira, televisão e rádio. Além disso, 98,25% têm acesso à internet. Um estudo conduzido na região amazônica destaca a predominância do sexo feminino, faixa etária semelhante e raça negra. Segundo o censo do IBGE de 2022, no município estudado, a maioria das pessoas são alfabetizadas e de raça/cor negra. Estudo realizado no Pará mostra que a maioria das pessoas de uma comunidade quilombola tinha o estado conjugal casado/morando junto, o que afirma dados trazidos aqui. Corroborando com as informações deste estudo, em uma comunidade quilombola urbana no Rio Grande do Sul os principais meios de acesso à informação são o rádio, o celular, a internet e a televisão. Esses meios desempenham um papel crucial na disseminação de informações, comunicação e acesso a serviços essenciais, incluindo educação e saúde. Considerações finais: O presente estudo revela que houve interesse maior pela temática entre as mulheres, jovens, com maior nível de escolaridade e acesso à internet. O estudo aponta a necessidade de estratégias diferenciadas ao abordar a temática sobre a prevenção do HIV e uso da camisinha para cada grupo da população, mesmo em uma comunidade com características que os aproxima, como a população quilombola.