INTRODUÇÃO:A trajetória da população LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e outras identidades de gênero e orientações sexuais) no Brasil está constantemente relacionada à exclusão social, violência e negação de direitos, devido ao preconceito impregnado na sociedade. Nos anos 2000, aconteceu a implementação da Política Nacional de Saúde Integral LGBT, que reconheceu a necessidade de cuidados específicos para essa população. Sabe-se que a formação de um profissional de enfermagem ético e atento às demandas da sociedade vai ao encontro do compromisso social da profissão, o que demanda fortalecimento do papel social e político dos profissionais para um maior protagonismo na construção de novos paradigmas de atenção em saúde, incluindo a integralidade em ações para saúde da população LGBTQIA+. Na literatura, encontram-se estudos que mostram a escassez de carga horária específica para gênero e sexualidade, lacuna do enfoque da temática LGBTQIA+ nos currículos de Enfermagem no Brasil e no mundo. OBJETIVO:Sintetizar os desafios da inclusão da saúde LGBTQIA+ no currículo de Enfermagem. MÉTODO:A pesquisa deu-se através de revisão integrativa dispostas na literatura dos últimos cinco anos, indexados nas seguintes bases de dados: MEDLINE, BDENF, SciELO disponíveis na Biblioteca Virtual em Saúde. Foram adotados seguintes critérios de exclusão para seleção dos artigos: manuscritos que não contemplaram temática do estudo, resumos de anais e trabalhos de conclusão de curso. RESULTADOS: Observou-se na literatura analisada que os principais obstáculos quando se trata da inclusão na grade curricular de enfermagem acerca da saúde minorias sexuais e de gênero são: associação da população LGBTQIA+ com doenças infectocontagiosas; escassez de informações dos assuntos específicos, o que pode ater o entendimento de estudantes de enfermagem para demanda da população; e o preconceito e estigmatização desses pacientes, grande dessa problemática está ligada a não capacitação dos estudantes de enfermagem sobre como orientar e lidar com pessoas LGBTQIA+. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A abordagem de um tema tão relevante como a Saúde direcionada a pessoas LGBTQIA+ em conteúdos de uma matriz curricular dos cursos da área de enfermagem, pode contribuir para uma política pública de inclusão na assistência à saúde pública no Brasil. Abordar sobre inclusão da saúde LGBTQIA+ em sala de aula para futuros profissionais de enfermagem é fundamental para obter uma sociedade mais equânime.