Introdução: Historicamente, o corpo feminino foi tratado como um objeto, sendo submetido ao controle e normas da sociedade. No cenário da saúde, essa conjuntura é evidenciada pelas práticas de violência obstétrica, que refletem a falta de respeito pela autonomia das mulheres sobre seu corpo. Diante desse contexto, a enfermagem obstétrica surge como uma importante ferramenta para combater essas práticas inadequadas e promover às mulheres um cuidado eficiente e seguro. Objetivo: Analisar e evidenciar o papel da enfermagem obstétrica na prevenção da violência e na proteção dos direitos das parturientes durante o parto. Métodos: Este estudo parte de uma revisão bibliográfica integrativa descritiva, realizada em junho de 2024, por meio de busca nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Latin American and Caribbean Health Sciences Literature (LILACS). Para a realização desta pesquisa foram utilizados os descritores “Violência Obstétrica”, “Prevenção” e “Enfermagem”. Considerou-se trabalhos produzidos nos últimos cinco anos, em português e inglês. Os estudos que não se enquadraram ao objetivo proposto, foram desconsiderados. Três artigos foram analisados, os quais abordam a importância da assistência de enfermagem para evitar a violência obstétrica. Resultados: Os estudos evidenciam a importância da enfermagem obstétrica para combater qualquer tipo de violência no parto. Estes profissionais são conhecidos por proporcionar um cuidado humanizado, com menos práticas intervencionistas desnecessárias que possam acarretar efeitos traumáticos para a mãe e seu bebê. A enfermagem obstétrica é percebida como um instrumento poderoso para mudar o cuidado centrado no biomédico. Conclusão: Podemos destacar que a enfermagem obstétrica é de suma importância para que as mulheres tenham a possibilidade de ter um parto seguro e humanizado, tornando-as protagonistas nesse momento tão delicado e esperado pelas parturientes. Esses profissionais são responsáveis por garantir uma assistência de qualidade e, por esse motivo, é imprescindível que sejam devidamente reconhecidos e valorizados não apenas na área da saúde, mas em toda estrutura social.