INTRODUÇÃO: A teoria do autocuidado associada à Gestão Autônoma da Medicação (GAM), constitui-se como metodologia coadjuvante que pode ser utilizada na operacionalização de grupos terapêuticos em saúde mental, a fim de produzir um embasamento teórico/prático, com vistas a melhorar a efetividade e a dinâmica do processo terapêutico direcionado ao paciente em sofrimento psíquico na comunidade. OBJETIVO: Realizar uma revisão narrativa para relacionar a Gestão Autônoma da Medicação com a Teoria do Autocuidado. MÉTODO: Trata-se de uma revisão narrativa que consiste em descrever informações sob um ponto de vista teórico e contextual para melhor compreensão de determinados fenômenos. Para a seleção dos artigos, foram utilizadas as bases de dados: BVS, LILACS e MEDLINE no período de julho a agosto de 2023. RESULTADOS E DISCUSSÃO: O estímulo ao desenvolvimento de habilidades individuais que fomentem o autocuidado e a tomada de decisões, torna-se fundamental para auxiliar o indivíduo em sofrimento mental a modificar comportamentos que afetam a sua saúde. Dorothea Orem, em sua Teoria do Auto Cuidado, ressalta a premissa de que os pacientes devem ser estimulados a serem autônomos e cuidar de si mesmo. A GAM destaca-se como uma metodologia coadjuvante com a Teoria do Autocuidado, no tocante a estimular indivíduos para reconstruir modos de pensar e a desenvolver autonomia para participar, de modo responsável, das decisões relacionadas aos processos que interferem na sua saúde e bem-estar. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Estratégias interdisciplinares que utilizam a GAM associada a Teoria do Autocuidado podem possibilitar a reorientação das práticas assistenciais em saúde mental, visto que podem transformar o modo como os indivíduos em sofrimento mental enxergam a própria saúde e como podem ser protagonistas ao corroborar com o desenvolvimento de estratégias que melhorem sua qualidade de vida.