
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
USO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES COM IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Relatoria:
Lara Ruth Nascimento Ferreira
Autores:
- Carina Guerra Cunha
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 3: Inovação, tecnologia e empreendedorismo nos processos de trabalho da Enfermagem
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) englobam sistemas terapêuticos reconhecidos pela OMS como medicina complementar/alternativa. Em 2006, o Ministério da Saúde do Brasil aprovou a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), que desde então inclui diversas práticas como acupuntura, homeopatia, fitoterapia, e outras terapias integrativas. Com o envelhecimento da população, essas práticas ganham destaque na promoção da qualidade de vida (QV) dos idosos, especialmente musicoterapia e arteterapia, cujos benefícios são comprovados. Objetivo: O presente estudo tem como objetivo analisar o impacto da musicoterapia e arteterapia na qualidade de vida de idosos institucionalizados, explorando suas contribuições específicas. Metodologia: Este relato de experiência foi desenvolvido a partir das intervenções realizadas em um abrigo para idosos institucionalizados, entre 16/04/2024 e 03/06/2024, durante uma disciplina do Curso de Enfermagem. A experiência incluiu sessões de arteterapia e musicoterapia. Além disso, foi realizada uma revisão sistemática da literatura com artigos publicados entre 2012 e 2024 nas bases LILACS, MEDLINE e SCIELO. Foram selecionados estudos que avaliaram os efeitos dessas terapias em idosos com ênfase na QV, considerando artigos em português, inglês e espanhol com metodologias rigorosas.
Resultados: As intervenções demonstraram que as PICs, especificamente musicoterapia e arteterapia, contribuem significativamente para a promoção da qualidade de vida dos idosos no abrigo. A musicoterapia mostrou-se eficaz na redução da ansiedade e depressão, promovendo bem-estar e interação social. A arteterapia facilitou a expressão emocional e melhorou a interação profissional-paciente, ajudando na organização de pensamentos e alívio de sentimentos negativos. Observou-se um notório relaxamento e maior engajamento social dos idosos após as sessões. Conclusão: Conclui-se, portanto, que a aplicação de musicoterapia e arteterapia teve um impacto positivo significativo na qualidade de vida dos idosos institucionalizados, atuando como ferramentas essenciais na promoção da saúde holística. Recomenda-se a adoção dessas práticas em programas de cuidados geriátricos, considerando seus benefícios comprovados. Estudos longitudinais futuros são necessários para aprofundar a compreensão dos mecanismos subjacentes e otimizar a implementação dessas terapias no contexto geriátrico.