INTRODUÇÃO: As Infecções Relacionadas à Assistência à Saúde (IRAS) constituem um problema bastante relevante, pois estão associadas à elevação dos custos hospitalares e ao aumento da morbimortalidade. Além disso, as consequências geradas ocorrem em razão do prolongado tempo de internamento, da realização de procedimentos invasivos de caráter diagnóstico e/ou terapêutico, da gravidade da patologia de base do paciente, do sítio da infecção e do aumento da resistência antimicrobiana. Sendo um setor de alta complexidade, a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um dos principais locais onde as IRAS podem ser obtidas e/ou agravadas, devido aos diversos procedimentos que são realizados no local. OBJETIVO: Identificar os procedimentos realizados pela enfermagem que podem ocasionar as IRAS em pacientes internados na UTI. MÉTODO: Foi realizada uma revisão integrativa, no qual definiu-se seguinte a pergunta norteadora: “Quais os procedimentos realizados pela equipe de enfermagem que mais causam IRAS nos pacientes internados na UTI?”. A pesquisa ocorreu na plataforma BVS, e para a busca foram utilizados os descritores "cuidados de enfermagem", "controle de infecções" e "unidades de terapia intensiva" que foram identificados na lista dos Descritores em Ciências da Saúde e combinados a partir do marcador booleano "AND". Foram excluídos os artigos que não se relacionavam com a pergunta norteadora e os escritos a mais de 5 anos. As bases de dados utilizadas foram a MEDLINE, LILACS e BDENF. RESULTADO/DISCUSSÃO: Ao final, foram encontrados 133 artigos que foram submetidos posteriormente a critérios de inclusão e exclusão, resultando em 18 artigos. Foi constatado que os principais procedimentos que as IRAS estão associadas principalmente a realização de procedimentos invasivos comuns em uma UTI, tais como: a inserção de cateteres venosos centrais e/ou periféricos, sondas vesicais de demora, ventilação mecânica, aspiração traqueal, tratamento de feridas, entre outros. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim, os principais fatores que ocasionam as IRAS estão relacionados à ausência de medidas de prevenção e controle de danos que podem ocasionar a disseminação de patógenos. Por isso, a equipe multiprofissional, em especial os enfermeiros, deve participar da elaboração de protocolos operacionais para prevenir as IRAS e promover processos educativos que forneçam informações acerca da realização correta dos procedimentos e das medidas de controle de disseminação de microrganismos.