Introdução: O enfermeiro estomaterapeuta é o profissional que possui conhecimento e habilidades para cuidar de pessoas com estomias, feridas, fístulas, cateteres, drenos e incontinências. Este especialista atua nos campos do ensino, assistência, pesquisa, assessoria e consultoria. Nesse contexto, o atendimento domiciliar tem se tornado uma possibilidade de assistir à pacientes a partir de um cuidado singularizado. Objetivo: Relatar a experiência de uma assistência domiciliar realizada por uma estomaterapeuta a uma idosa acamada, portadora de Alzheimer e que apresentava uma lesão por pressão há um ano, localizada em região sacral. Metodologia: Trata-se de estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado por discentes de um Centro Universitário em Teresina-Pi, a partir da observação de uma assistência domiciliar realizada por uma estomaterapeuta, entre o período de agosto a outubro de 2023. Resultados e discussão: Inicialmente, foi realizado o exame clínico para compreensão de forma holística da paciente, permitindo a prescrição de cuidados e tratamento. Durante a avaliação da pele perilesão, percebeu-se umidade excessiva devido à diurese em uso de fralda, manchas escurecidas pela pressão na região sacral, portanto, a profissional orientou mudança de decúbito de 2/2horas e manutenção da pele limpa, seca e hidratada. Na avaliação do leito da lesão por pressão grau III, localizada na região sacral, com 7 cm de comprimento, não sendo possível avaliar profundidade, devido à presença de tecido desvitalizado, sem sinais de infecção e com exsudato mínimo. Optou-se por utilizar solução de polihexanida (PHMB) para limpeza, bisturi n.º15 para desbridamento mecânico e hidrogel para desbridamento autolítico que após um mês de uso foi substituído por fibra com placa para remoção de esfacelo que aflorou após desbridamento anterior, permitindo o surgimento de tecido de granulação. A borda da lesão era irregular e macerada, utilizando-se creme barreira e realizada a remoção de hiperqueratose para evitar epíbole e na fixação, utilizou-se fita adesiva elástica, permeável e indicada para pele frágil. Conclusão: A experiência permitiu reconhecer a importância do cuidado assertivo em feridas crônicas por uma estomaterapeuta; Compreender que o tratamento de feridas crônicas é algo que demanda tempo, manejo adequado e mudança de comportamentos e com a realização de um exame clínico completo, garante uma assistência de qualidade para a manutenção do bem-estar geral.