Introdução: O aleitamento materno é considerado o melhor alimento para o recém-nascido, impactando diretamente na saúde, na formação de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança, gerando um grandioso impacto na promoção da saúde integral do binômio mãe-filho e, consequentemente, na redução da morbimortalidade infantil e materna. O desmame precoce é definido quando identificada a interrupção do aleitamento materno exclusivo (AME) antes de o lactente atingir o sexto mês de vida, havendo a introdução na dieta da criança de outros alimentos para complementação do leite materno. Objetivo: identificar na literatura as características associadas ao desmame precoce no Brasil. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada em maio de 2024, cuja pergunta de pesquisa foi “Quais as características associadas ao desmame precoce no Brasil?”. As buscas foram realizadas utilizando os descritores “desmame precoce”, “Aleitamento Materno” e “Quantitativa” utilizados os periódicos contidos na PubMed, Biblioteca Virtual da Saúde (BVS) e o portal CAPES. Os critérios de inclusão foram artigos gratuitos, disponíveis na íntegra, publicados nos últimos 5 anos. Como critérios de exclusão foram definidos: que não contemplam o objetivo do estudo. Da coleta de dados, foram encontrados 41 estudos, dos quais 4 foram excluídos por duplicidade, e 27 foram excluídos por não atenderem aos critérios de inclusão. Resultados: Após a leitura dos títulos e resumos, obteve-se uma amostra de 10 estudos. Um estudo realizado com 40 mães, identificou que somente 12,5% conseguiram manter a exclusividade até o 6° mês. Outro estudo realizado apontou que a frequência de desmame precoce foi de 31%, em mães que já haviam amamentando antes, e concluiu que a ocupação da mãe e a experiência prévia de amamentação foram as características que mais se associaram ao desmame precoce. Outro estudo realizado com 574 mulheres apontou o grau de escolaridade, renda familiar, idade, trabalho, orientação quanto à amamentação, uso de mamadeiras ou chupetas e hábitos alimentares familiares exerceram importante influência na interrupção do AME. O conhecimento dos fatores é fundamental para amenizar e evitar o desmame precoce. Conclusão: é necessário orientação frequente durante o pré-natal, e a adequação dessas orientações para o retorno das mulheres ao mercado de trabalho, pode contribuir para a prevenção do desmame precoce entre as mulheres.