
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
CONSTRUÇÃO E AVALIAÇÃO DE UMA CARTILHA EDUCACIONAL SOBRE ENFRENTAMENTO DA VIOLÊNCIA SEXUAL PARA MULHERES TRANS
Relatoria:
ADRIAN THAIS CARDOSO SANTOS GOMES DA SILVA ARAÚJO
Autores:
- Ednaldo Cavalcante de Araújo
- REBEKA FERREIRA COELHO
- MARIA FRANCIELY SILVEIRA DE SOUZA
- JADIANE INGRID DA SILVA
- Nycarla de Araújo Bezerra
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Dissertação
Resumo:
Introdução: Pessoas trans e travestis são as maiores vítimas de violência no Brasil quando comparadas às demais da diversidade sexual e de gênero. Atribui-se a esse fato, o motivo de assumirem a identidade de gênero oposta ao padrão cis hetero, no qual se considera 'homem é homem' e 'mulher é mulher'. Objetivo: construir uma cartilha educacional para mulheres trans avaliada quanto ao conteúdo, a aparência e a semântica por juízes especialistas e pelo público-alvo sobre o enfrentamento da violência sexual. Metodologia: Trata-se de um estudo de desenvolvimento metodológico, qualitativo e descritivo, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CAAE 57111622.8.0000.5208), seguindo as etapas: identificação dos conteúdos para o desenvolvimento da cartilha; elaboração da cartilha com base na revisão da literatura e em entrevistas realizadas com mulheres trans; avaliação do conteúdo e da aparência por juízes especialistas; avaliação da aparência e da semântica pelo público-alvo do estudo. Para a análise qualitativa do estudo, utilizou-se a análise textual lexicográfica através do IRAMUTEQ versão 7.0, com a aplicação da Classificação Hierárquica Descendente. Para organização e processamento dos dados da avaliação de conteúdo e aparência por sete juízes especialistas, foi utilizado o software IBM® SPSS® Statistics. Para verificar a concordância entre eles, foi adotado o Índice de Validade de Conteúdo, estabelecendo um nível mínimo de concordância de 80% entre os avaliadores. Resultados: Participaram do estudo cinco mulheres trans, com idades entre 18 e 45 anos, de diversas etnias (negra, parda, branca, mestiça), de religiões cristã e de matriz africana, residentes no Brasil ou no exterior, com diferentes níveis de escolaridade (alfabetizadas, com curso superior completo ou incompleto, ensino fundamental ou médio completo ou incompleto) e orientação sexual (heterossexuais, pansexuais), atendidas em dois ambulatórios especializados em cuidado e acolhimento a cartilha foi avaliada com um índice geral de concordância de 0,88 pelos juízes especialistas, nas dimensões de objetivos, estrutura, apresentação e relevância. No processo de avaliação pelas mulheres trans, o índice geral de concordância na dimensão semântica foi de 0,95. Conclusão: Assim, a cartilha poderá ser utilizada e compartilhada com mulheres trans e profissionais envolvidos no processo de educação em saúde, minimizando os efeitos das violências sofridas por elas, por ser um problema de saúde pública mundial.