Introdução: o prontuário eletrônico do paciente (PEP) tem revolucionado a prática da enfermagem e a gestão clínica, proporcionando benefícios significativos na eficiência do atendimento e na qualidade dos cuidados. No Brasil, o prontuário eletrônico surgiu no ano de 2002, quando o Conselho Federal de Medicina (CFM) determinou o modelo a ser adotado. As vantagens para a implantação do prontuário eletrônico do paciente (PEP) envolvem, principalmente, a segurança na inserção e na transmissão de dados clínicos do paciente em tempo real. Além disso, há outras vantagens que podem ser observadas, como a proteção dos dados médicos, mesmo em casos de acidentes ou furtos, pois muitos são acessados via software com armazenamento na nuvem. Com isso, há a otimização do tratamento dos pacientes, além de serem salvos, economizando tempo, papéis e trazendo mais organização. Objetivo: Analisar na literatura como uso do PEP tem otimizado e melhorado o tratamento dos pacientes. Métodos: Estudo bibliográfico descritivo, de abordagem qualitativa. Realizou-se o levantamento de artigos nacionais, entre 2013 e 2024, em base de dados do BVS, CAPES e SCIELO, a partir dos descritores: "tecnologia em enfermagem", "prontuário eletrônico", “análise”. A amostra constitui-se de 35 artigos, sendo selecionados 15. Resultados: um PEP fornece um registro longitudinal de informações sobre o estado de saúde do paciente entre consultórios e especialistas, e permite acesso autorizado a registros clínicos em tempo real. Os dados do PEP, foram vitais para a tomada de decisões em políticas em saúde durante a pandemia de COVID-19. Através dessa tecnologia temos a oportunidade de cuidar da saúde, possibilitando curas, equidade, sensibilidade aos determinantes sociais e comportamentais da saúde e medicina de precisão baseada em dados colhidos pela PEP. Entretanto, alguns artigos sugerem que o uso dos PEP levou ao registro de uma maior quantidade de dados incorretos. A diferença na forma em que os dados como etnia são conceituados e codificados pelas instituições de saúde afetam a qualidade dos registros em bancos de dados clínicos. Conclusão: o PEP traz benefícios desde que se tenha transparência com os dados coletados. Ajuda os usuários e os gestores na melhoria dos cuidados clínicos e das políticas públicas de saúde.