Introdução: O exame preventivo de colo uterino, conhecido popularmente como Papanicolau, é um procedimento essencial para a detecção precoce de alterações celulares que podem indicar a presença de câncer Uterino. No entanto, apesar de ser um procedimento aparentemente simples, no que se refere o preventivo. As dificuldades de acesso aos serviços, a adesão da mulher ao preventivo encontra empecilhos em virtude da ansiedade, vergonha e do medo na hora de realizá-lo, assim como os tabus e constrangimentos culturais envolvidos na relação da assistência com o exame Papanicolau. Os seus sentimentos intensificam-se quando são atendidas por acadêmicos de enfermagem do sexo masculino. Objetivo: Relatar as experiências dos autores na condução dos desafios encontrados por acadêmicos de enfermagem na realização do exame Papanicolau durante as práticas do modulo em saúde da mulher. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido por acadêmicos do 6º período do curso de Enfermagem da Universidade Federal de Alagoas durante as Vivências da Práticas em Saúde da Mulher I, realizado no período de novembro/2023 a janeiro 2024. O cenário do estudo foi uma unidade básica de saúde, na cidade de Arapiraca, estado de Alagoas. Resultados: Durante o período das vivências práticas, foram identificados diversos desafios enfrentados pelos acadêmicos de enfermagem na realização do exame preventivo dentre eles, a resistência significativa por parte das mulheres em realizar o exame, quando este era conduzido por acadêmicos de enfermagem do sexo masculino. Esse entrave estava frequentemente associado a tabus e constrangimentos culturais, além de questões pessoais de desconforto, e vergonha. As mulheres não tinham conhecimento suficiente quanto a importância do preventivo o que reflete em baixa adesão e aceitação na realização do exame. Conclusão: Os desafios comumente encontrados durante a prática do exame, conduzido por profissionais do sexo masculino, incluem a resistência das pacientes influenciadas por tabus culturais ou constrangimentos pessoais e a falta de conscientização sobre a importância do procedimento. Para superar esses desafios, é crucial investir em estratégias educativas que visem aumentar a conscientização das pacientes sobre a importância do exame preventivo e desmistificar os tabus culturais associados.