Introdução: Muitas mulheres apresentam o desejo elevado de serem mães em algum momento de suas vidas. Durante todo período gestacional, vivenciam explosões de sentimentos como alegria, felicidade, dor e o medo. Dessa forma, a Enfermagem Obstétrica, como integrante da equipe multiprofissional, tem um papel relevante e indispensável neste cenário. Objetivo: Compreender as percepções da equipe de enfermagem acerca da sua autonomia do enfermeiro obstetra e visibilidade no acompanhamento das parturientes dentro de um centro obstétrico em um hospital universitário do extremo Sul do Rio Grande do Sul. Método: Trata-se de uma pesquisa exploratória, descritiva, com abordagem qualitativa. O estudo foi realizado com a equipe de Enfermagem que era composta por 8 enfermeiros e 27 técnicos que atuam no centro obstétrico do Hospital Dr. Miguel Riet Corrêa Jr. A coleta de dados foi realizada após aprovação pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), tendo o parecer aprovado sob o Nº 5.382.303. As falas das entrevistas foram submetidas ao processo de análise de conteúdo proposto por Bardin (2016), emergindo três categorias: Autonomia de trabalho da enfermeira obstetra em um Centro Obstétrico; Percepções da equipe de enfermagem sobre a atuação da enfermeira obstétrica: possibilidades e limitações; e Relações de trabalho em um centro obstétrico. Resultados: Este estudo nos possibilitou visualizar que o papel da enfermeira obstetra se torna fundamental na assistência da mulher, principalmente, no período de parto. Todavia, estes profissionais não são incluídos nas discussões clínicas e tomadas de decisões. A hegemonia médica tem uma posição excludente tornando o trabalho multidisciplinar conflituoso. Contudo, notou-se uma união e uma proximidade da equipe de Enfermagem nas suas rotinas diárias e no auxílio ao colega, proporcionando um ambiente mais agradável aos profissionais. Considerações finais: Este estudo possibilitou uma reflexão sobre a autonomia da Enfermagem Obstétrica em um centro obstétrico que embora possuam respaldo legal para o exercício da profissão, necessitam de reconhecimento e respeito de todos os profissionais envolvidos. Reconhecer esta categoria também colabora na assistência integral à saúde da mulher e ao recém-nascido.