INTRODUÇÃO: O Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) é uma Infecção Sexualmente Transmissível que apresenta um repertório histórico de estigmatização frente aos indivíduos portadores da doença. É importante destacar que este diagnóstico está associado a uma gama de dificuldades, como o impacto emocional de uma doença ainda sem cura definitiva e a não adesão ao tratamento, o que pode corroborar para sofrimento psíquico e a crise emocional. Portanto, a pessoa vivendo com HIV apresenta significativa vulnerabilidade emocional, fator que pode ser explicado quando se considera os múltiplos infortúnios atrelados à tal patologia. OBJETIVO: Analisar as evidências científicas sobre as repercussões emocionais geradas no indivíduo vivendo com HIV e o papel dos profissionais de Enfermagem durante seu tratamento e acompanhamento. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão bibliográfica construída a partir da análise sistemática de dados em artigos completos e produções da literatura científica nacional e internacional. O levantamento de dados se deu por meio das seguintes bases de dados: Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, Scopus e Web of Science e o meio indexador SciELO. A busca por evidências na literatura ocorreu com o intuito de responder à questão de pesquisa: “Qual a vivência de pessoas com HIV sobre o processo de crise emocional?”. RESULTADOS: Compõe esta revisão 15 publicações, que possibilitaram evidenciar a vivência das pessoas com HIV, bem como motivou o aumento da visibilidade ao tema e recursos. Deu-se ênfase, também, o aspecto da relação entre a descoberta diagnóstica e como os indivíduos portadores de HIV lidam com tal mudança, e como esta infecção interfere diretamente nos setores da vida, em especial ao âmbito emocional. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A partir da revisão bibliográfica, entende-se que indivíduos vivendo com HIV perpassam por uma série de dificuldades após a confirmação do diagnóstico, devido aspectos como a estigmatização, valores discriminatórios e a culpabilização à pessoa portadora de HIV/Aids, fatores que corroboram para o desencadeamento de sofrimento psíquico. Outrossim, é necessário suscitar o desenvolvimento de estudos e publicações a respeito do assunto, com o intuito de contribuir para promoção de educação em saúde por meio da disseminação de informações relevantes a respeito do diagnóstico e promover reflexões acerca de saúde mental.