Introdução: O uso concomitante de múltiplos medicamentos, a polifarmácia, é uma prática comum entre pessoas idosas institucionalizadas e está associada ao declínio cognitivo, interações medicamentosas e uso de medicamentos potencialmente inapropriados. Objetivo: Descrever a prevalência, os fatores associados, os impactos e as possíveis intervenções da polifarmácia em pessoas idosas institucionalizadas. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura com metodologia baseada na estrutura do fluxograma PRISMA 2020 sobre a polifarmácia em pessoas idosas institucionalizadas para identificar a prevalência, os fatores associados, os impactos e as possíveis intervenções. Utilizou-se as bases de dados PubMed e SciELO com os descritores "polifarmácia" ”polypharmacy”, "idosos" “elderly” e "instituição de longa permanência para idosos" “nursing home” combinados pelo operador booleano "AND." Optou-se por manuscritos datados entre 2019-2024, em inglês e português cujo tipo de estudo enquadra-se em revisões sistemáticas ou ensaios clínicos randomizados. Resultados: A busca resultou em 222 artigos. 10 duplicatas foram eliminadas, resultando em 212 artigos. Após a leitura dos títulos e resumos, 17 manuscritos foram selecionados para leitura completa. Deles, 10 foram excluídos por não atenderem ao critério de foco em instituições de longa permanência, resultando em 7 para a amostra final. Os estudos revelaram uma alta prevalência de polifarmácia entre pessoas idosas institucionalizadas, destacando fatores como declínio cognitivo e uso de medicamentos potencialmente inapropriados. Discussão: A complexidade das interações medicamentosas foi evidenciada, indicando a necessidade de monitoramento rigoroso. Intervenções específicas mostraram-se eficazes na melhoria da segurança medicamentosa e na redução da polifarmácia. Observou-se a carência de estudos abrangentes sobre o tema, apontando para a necessidade de mais pesquisas para entender melhor seus impactos e desenvolver estratégias para sua gestão e, com isso, desenvolver políticas de saúde eficazes. Considerações finais: É prevalente e arriscada entre pessoas idosas institucionalizadas, exigindo intervenções estruturadas e monitoramento contínuo para melhorar a segurança medicamentosa. Esta revisão visou contribuir para a literatura existente, auxiliando pesquisas futuras na formulação de estratégias para minimizar os riscos associados à polifarmácia e melhorar a qualidade de vida das pessoas idosas institucionalizadas.