INTRODUÇÃO: A água é um recurso natural fundamental para a manutenção da vida no planeta Terra. Apenas 0,8% da água disponível é própria para consumo humano, abrangendo o abastecimento público, a produção de alimentos e atividades. A qualidade da água potável é uma preocupação mundial, uma vez que está diretamente relacionada à saúde pública e ao bem-estar da população. A presença de coliformes fecais na água é um indicativo de contaminação por dejetos humanos ou animais, o que pode levar à transmissão de doenças de origem hídrica. OBJETIVO: O objetivo deste trabalho consistiu em analisar a qualidade microbiológica da água destinada ao consumo humano em creches municipais em uma cidade do Maranhão. METODOLOGIA: A pesquisa coletou 7 amostras de bebedouros higienizados com álcool 70% para evitar contaminação. A água foi deixada correr por 1 a 2 minutos antes de ser coletada em bolsas estéreis com tiossulfato de sódio a 10%. As amostras foram rotuladas, mantidas a 4 ºC em caixa térmica e enviadas ao laboratório. Para a análise de cloro, foi utilizado o método Colorimétrico DPD SMEWW, 23ªEd.4500-ClG, e para a análise microbiológica, o método substrato cromogênico/enzimático, SMEWW, 23ª Ed. 9223 B. RESULTADOS: Os parâmetros analisados foram cloro livre, coliformes totais e Escherichia coli. Os valores máximos permitidos para o cloro livre variam entre 0,2 mg/L e 5 mg/L. As amostras analisadas apresentaram os seguintes resultados de cloro livre: 0,01 mg/L nas amostras A1 e A3, 0,02 mg/L nas amostras A2, A4 e A5, 0,04 mg/L na amostra A6 e 0,00 mg/L na amostra A7. Para os coliformes totais, o resultado esperado é a ausência (A) ou presença (P). Em todas as amostras (A1 a A7), foi detectada a presença de coliformes totais. Da mesma forma, a análise da Escherichia coli também exige a mesma indicação, e em todas as amostras, foi detectada a presença de Escherichia coli. A ausência de cloro livre nas quantidades adequadas está relacionada à presença de coliformes totais e Escherichia coli nas amostras. As concentrações de cloro livre variaram entre 0,00 mg/L e 0,04 mg/L, abaixo do mínimo de 0,2 mg/L, permitindo a sobrevivência desses patógenos e indicando falha na desinfecção. CONCLUSÃO: A limpeza regular dos bebedouros com cloro é essencial para eliminar patógenos e garantir a qualidade da água. Recomenda-se desmontar, lavar com sabão, desinfetar com solução de cloro diluído e enxaguar bem. Esse processo, repetido regularmente, ajuda a diminuir as doenças hídricas.