
Anais - 26º CBCENF
Resumo
Título:
RISCO E FATORES CORRELACIONADOS A LESÕES POR XEROSE CUTÂNEA EM PESSOAS IDOSAS HOSPITALIZADAS
Relatoria:
Cesar Henrique Medeiros Ximenes
Autores:
- Weslley Italo Ferreira de Oliveira Silva
- Ronny Anderson de Oliveira Cruz
- Marta Miriam Lopes Costa
Modalidade:
Pôster
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: a população mundial está envelhecendo rapidamente e estimativas apontam que entre 2015 e 2050, a proporção de pessoas idosas com 60 anos ou mais irá mais do que duplicar. A pele de pessoas idosas apresenta diminuição de água no estrato córneo, o que leva a xerose que consiste no ressecamento caracterizado pela descamação, rachaduras e até inflamação, sobretudo por ser uma condição que pode estar acompanhada de prurido e assim elevar o risco de infecções secundárias de pele. OBJETIVO: analisar o risco e fatores correlacionados ao desenvolvimento de lesões por xerose cutânea em pessoas idosas hospitalizadas. MÉTODO: trata-se de um estudo com abordagem quantitativa com pessoas idosas hospitalizadas na Paraíba. Foi utilizada a escala de avaliação do risco para o desenvolvimento de lesões associadas a xerose cutânea em pessoas idosas, ERLAX-53 e realizadas análises estatísticas descritivas de frequência além do teste de Spearman a fim de analisar a correlação entre as variáveis sociodemográficas e da escala, em relação ao alto risco. RESULTADOS/DISCUSSÃO: a amostra foi constituída por 455 pessoas idosas, constituída por 272 (59,8%) da clínica médica e 183 (40,2%) da UTI, 248 (54,5%) do sexo feminino, 388 (85,3%) residiam com familiares e 332 (73%) eram aposentados. Houve frequências elevadas nas variáveis imobilidade ou muita limitação, que somadas estavam presentes em 303 pessoas idosas (66,6%). A fricção e o cisalhamento em 399 (87,7%), presença de comorbidades em 452 (99,3%) e ausência de sensibilidade tátil em 199 (43,7%). A xerose cutânea eleva o risco de lesões adicionais na pele de pessoas idosas e das 455 pessoas idosas, 337 (74,1%) apresentaram médio risco e 101 (22,2%) alto risco. A correlação foi forte em mobilidade e nível de consciência e ausente em prurido, comorbidade, produto para hidratação e/ou lubrificação da pele e rotina de hidratação. O enfermeiro tem em sua rotina de atividades a inspeção da pele diariamente, e deve se manter atento ao cuidado direcionado a pessoas idosas. CONCLUSÃO: a xerose cutânea eleva o risco de lesões adicionais na pele de pessoas idosas e com a aplicação da escala conclui-se que a maioria se encontrava com médio ou alto risco, o que implica na necessidade de realização de medidas preventivas e de tratamento.