Introdução: As Portarias 1.752/2005 e 2.601/2009 do Ministério da Saúde implementam as Comissão Intra-Hospitalar para Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT´s) e as Organizações de Procura de Órgãos e Tecidos (OPO´s), respectivamente. Tais equipes devem atuar em parceria com os hospitais localizados na sua área de atuação, de forma intra ou extra-hospitalar, com o objetivo de organizar os protocolos assistenciais do Processo de Doação de Órgãos. Ademais, asseguram que o diagnóstico de Morte Encefálica (ME) seja pautado na legislação, de forma ética e eficiente. Objetivos: Descrever o número de OPO´s e CIHDOTT´s nas capitais do Nordeste brasileiro e analisar a influência do quantitativo dessas equipes no número de doações efetivadas. Método: Trata-se de uma revisão bibliográfica sobre o número de OPO´s e CIHDOTT´s nas capitais do Nordeste brasileiro e a sua possível influência no processo de doação de órgãos a partir de dados obtidos no Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) do ano de 2023. Resultados/Discussão: Os estados do Nordeste que mais possuem CIHDOTT´s são Pernambuco e Ceará, ambos com 20 equipes, seguidos pela Bahia, com 15 equipes. No que concerne à quantidade de OPO´s destaca-se Bahia, com 7 equipes, seguida por Pernambuco e Ceará, ambos com 4 equipes. Os demais estados da região possuem CIHDOTT´s, e Alagoas, Piauí e Sergipe possuem apenas 1 equipe da OPO. Ressalta-se que as equipes das OPO´s não existem no Maranhão, Paraíba e Rio Grande do Norte. OPO´s contribuem para a manutenção de potenciais doadores e o melhor aproveitamento dos órgãos e tecidos para transplante. No tocante ao número de notificações de Potenciais Doadores (PD), a Bahia lidera com 924 notificações no período, seguida por Ceará, com 706 notificações e Pernambuco com 558 notificações. Quanto ao número de doadores efetivos, o Ceará detém as maiores taxas, com 238 doações efetivadas, seguido por Bahia com 177 e Pernambuco com 125. Os demais estados apresentam número baixo de notificações de PD´s, sendo doadores efetivos ainda incipientes, sobretudo nos estados de Alagoas, Maranhão, Rio Grande do Norte e Sergipe. Considerações finais: O número de equipes especializadas no Processo de Doação e transplante parecem influenciar positivamente a efetividade da doação de órgãos, pois contribuem para o aprimoramento de estratégias para o rastreamento e identificação precoce de potenciais doadores de órgãos, sendo de total importância a implantação dessas equipes.