INTRODUÇÃO: A educação em saúde é uma potente ferramenta de cuidado da enfermagem nos diversos cenários da atenção à saúde. Inserir o estudante de graduação em enfermagem nos cenários de prática, além de instrumentalizar para sua formação profissional, auxilia no desenvolvimento de soft skills fundamentais na construção da sua capacidade socioemocional. A temática de educação sexual para crianças e adolescentes nas escolas mobiliza conhecimentos e habilidades dos estudantes para o desenvolvimento das soft skills. OBJETIVO: investigar o desenvolvimento de soft skills em graduandos de enfermagem por meio de atividade de educação em saúde. MÉTODO: Trata-se de um estudo exploratório-descritivo de abordagem qualitativa. Participaram dez estudantes do curso de graduação em Enfermagem de uma universidade pública que participaram de uma ação educativa sobre educação sexual para crianças do ensino fundamental em uma escola pública. Os materiais utilizados na atividade educativa foram um vídeo educativo da websérie Que corpo é esse?; o livro da literatura infantil "Pipo e Fifi - Ensinando proteção contra a violência sexual"; e o jogo de tabuleiro Trilha da Proteção. Os estudantes interagiram com as crianças em sala de aula e no turno escolar. As entrevistas com as estudantes de enfermagem ocorreram em junho/23 e duraram de 20 a 45 minutos, foram gravadas e transcritas. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário para caracterização dos participantes e um roteiro semiestruturado. Os dados foram analisados segundo a Análise Temática de Conteúdo. Todas as participantes assinaram o TCLE. RESULTADOS: os resultados foram organizados nas categorias: Oportunidade do desenvolvimento de Soft Skills, Gamificação na Educação Sexual e Tabu na formação de enfermeiros. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A atividade de educação em saúde possibilitou às estudantes mobilizar habilidades de comunicação para abordar a temática com as crianças, fortalecimento de habilidades socioemocionais para lidar com situações desafiadoras, desenvolver a capacidade de ter empatia pela situação do outro buscar estratégias de solução. Reconhecem que o jogo é uma ferramenta pedagógica para abordar o tema e foi um recurso avaliado de forma muito positiva pelas participantes. As participantes reconheceram que há um tabu em torno do assunto e que a atividade educativa foi importante para rever os próprios preconceitos e valores.