Introdução: A simulação clínica constitui uma metodologia de ensino em que o aluno é protagonista, facilitando o desenvolvimento do pensamento crítico e da capacidade de resolução de problemas de forma prática. Este tipo de abordagem é substancial no preparo de profissionais aptos a atuar em ambientes de saúde complexos, uma vez que promove autonomia e o desenvolvimento de habilidades, aumentando a segurança do paciente e minimizando erros humanos. Objetivo: Relatar uma experiência vivenciada por discentes monitores da disciplina Processo de Cuidar em Urgências e Emergências na execução de uma simulação clínica. Método: Estudo descritivo, de abordagem qualitativa do tipo relato de experiência, realizado a partir de uma aula prática do componente curricular de urgência e emergência. A ação ocorreu no mês de junho de 2024 e foi dividida em quatro momentos: estudo coletivo sobre imobilização e politraumatismo, aula teórica expositiva, planejamento da atividade prática e a simulação realística. O momento foi mediado pela professora do componente curricular e dois monitores. A turma foi dividida em duas equipes de enfermeiros intervencionistas, participando ativamente da metodologia. Os materiais utilizados incluíram: peça realística de fratura exposta, graveto para simular objeto encravado, mistura de tintas para confecção do sangue falso e sombras para as equimoses, foi empregada ainda uma combinação de algodão e cola para criar as bordas das lesões, conferindo-lhes uma aparência de profundidade e realismo. Resultados: Inicialmente os discentes foram surpreendidos durante a aula da disciplina para que se direcionassem à cena do ocorrido a fim de prestar os primeiros socorros. A situação problema encontrada envolvia duas vítimas, posicionadas nos degraus de uma escadaria. Após as intervenções, foi feito o debriefing, no qual observou-se como potencialidades a correta imobilização do objeto encravado e da cervical, já os desafios enfrentados pelos estudantes estavam relacionados à gestão do tempo, comunicação efetiva entre as equipes, liderança e a tomada rápida de decisões críticas. Considerações finais: A simulação clínica de trauma mostrou-se uma ferramenta eficaz para complementar a teoria e preparar os futuros profissionais de saúde para situações de alta complexidade, reforçando a importância da prática simulada no contexto acadêmico para formar indivíduos preparados e seguros, capazes de oferecer um atendimento hábil e salvar vidas.