INTRODUÇÃO: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica caracterizada por dificuldades na comunicação, interação social e padrões de comportamento restritos e repetitivos. Embora a sexualidade seja uma parte importante do desenvolvimento humano, pouco se sabe sobre como o TEA afeta essa dimensão da vida. Compreender a expressão da sexualidade nessas pessoas é essencial para o desenvolvimento de abordagens de apoio e aconselhamento adequadas. OBJETIVO: O presente estudo objetiva averiguar na literatura científica sobre a sexualidade em pessoas com Transtorno do Espectro Autista. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão de literatura, realizada na Biblioteca Eletrónica Scientific Eletronic Librany On-line (SciElo), através do cruzamento dos Descritores em Ciência da Saúde (DECS): Transtorno do Espectro Autista e Sexualidade, conectado pelo operador booleano AND. Aplicaram-se os filtros: disponíveis gratuitamente e publicados em inglês e português, sem restrição de tempo, excluindo os estudos de dados secundários e os duplicados, obtendo-se, assim, uma amostra de 20 artigos pertinente ao tema, mas apenas 03 foram escolhidos para uma análise mais detalhada. RESULTADOS: Nota-se que os pacientes com TEA apresentam um conhecimento geral sobre sexualidade, porém enfrentam desafios significativos em sua expressão e vivência sexual. Observa-se que alguns destes possuem dificuldades em iniciar e manter relacionamentos íntimos, compreender normas sociais, expressar e reconhecer sinais de atração. É visto que também experimentam problemas relacionados à higiene íntima, masturbação e exploração sexual. Referidas dificuldades podem estar relacionadas às características centrais do TEA, como limitações na comunicação, interação social e processamento sensorial. CONSIDERAÇÕES FINAIS: É evidente que a realização de programas de educação sexual e aconselhamento adaptados são essenciais para apoiar o desenvolvimento saudável da sexualidade nessa população. Referidas orientações podem ajudar os indivíduos com TEA a lidar com ansiedade, reconhecer sinais de atração e estabelecer limites saudáveis; para que assim desenvolvam a sexualidade de forma plena e saudável. Assim, é visto que a abordagem da sexualidade de pessoas com TEA requer atenção e abordagens de apoio específicas. Neste aspecto, os profissionais de saúde devem estar preparados para abordar essa temática de forma sensível e compreensiva, a fim de auxiliar esses indivíduos a desenvolvere.