Introdução: O Programa Nacional de Imunização (PNI), um dos maiores marcos da imunização no país, foi criado em 1973, visando disponibilizar imunobiológicos a todas as faixas etárias, dentre elas ao público infantil. A vacinação é um direito fundamental da criança e dever dos responsáveis. Os profissionais de saúde precisam estimular e garantir o acesso da população aos imunobiológicos. Objetivo: Identificar os fatores que inferem na hesitação vacinal infantil. Método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com busca nas bases de dados LILACS, MEDLINE e BDENF, através da Biblioteca Virtual de Saúde, no período de junho de 2024. Foram utilizadas as palavras-chaves indexadas no DECS: “Hesitação vacinal”, “Imunização” e “Saúde da Criança”, unidas pelo operador booleano “AND”. Foram incluídos artigos do ano de 2020 a 2024 e no idioma português, resultando em 5 artigos encontrados e analisados para esta revisão. Resultados/discussão: Dentre os principais fatores associados à não adesão as campanhas de vacinação, estão: influências contextuais, como as questões culturais, religiosas, socioeconômicas e políticas, bem como aspectos individuais e/ou coletivos, advindos de experiências prévias; a alienação imposta pelas notícias falsas, o que leva à descrença da ciência; vínculos precários entre os profissionais de saúde e os pais; medo dos eventos adversos, além da pouca compreensão dos benefícios da vacinação. Considerações finais: Foi evidenciado que a hesitação vacinal é multifatorial e que há muitos empecilhos que desfavorecem a completude do calendário vacinal infantil. Faz-se necessário a ampliação das campanhas educativas, a fim de esclarecer os mitos e verdades acerca da vacinação, sobretudo por parte dos profissionais de enfermagem, que atuam diretamente nesse contexto e têm forte papel na educação em saúde, em parceria com a equipe multi e interdisciplinar. Além disso, é imprescindível o fortalecimento das Políticas Públicas, a fim de propor medidas que perdurem a médio e longo prazo.