Introdução: O Safety Huddle compreende como “reuniões de segurança”, são encontros diários e rápidos com vários profissionais de saúde e gestores, e que duram em média de 5 a 15 minutos. Durante estes encontros são levadas às necessidades da equipe, do serviço em geral e à natureza das atividades que serão realizadas naquele período de trabalho. As instituições de saúde têm implementado tal estratégia como ferramenta organizacional do trabalho em saúde, visto sua contribuição para efetividade da comunicação, sendo essencial para fortalecimento de uma cultura de segurança e gerando melhores resultados assistenciais, como evidenciado em estudos anteriores. Objetivo: Descrever a importância do safety huddle como ferramenta estratégica para a organização do trabalho da Enfermeira Obstetra em hospitais públicos de ensino. Método: Trata-se de um estudo descritivo e exploratório, de abordagem qualitativa, extraído de uma dissertação de mestrado acadêmico. Realizado entre junho e julho de 2023, contou com 16 enfermeiras obstetras, em dois hospitais federais administrados pela empresa EBSERH, para coleta dos dados foi utilizado roteiro semiestruturado e a análise foi de conteúdo como proposto por Bardin. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina sob Parecer no 5.954.607 de 21 de março de 2023. Resultados: As participantes destacaram a importância do Safety Huddle como política institucional, contribuindo de maneira a alinhar e organizar as ações intersetoriais da maternidade (UTI neonatal, alojamento conjunto, centro obstétrico, triagem obstétrica e ginecologia), favorecendo, assim, o andamento dos serviços, o planejamento terapêutico e assistencial em saúde, bem como a identificação das demandas internas e/ou externas, fazendo com que fluxos assistenciais ocorram com maior facilidade. Conclusão: Os benefícios do Safety Huddle são demonstrados no presente estudo, tal estratégia tem contribuindo para a organização e processo de trabalho das enfermeiras obstetras nos hospitais públicos de ensino. Sendo já uma realidade nos espaços de trabalho, constitui-se como uma política assertiva e aplicada especificamente neste tipo de serviço, como ferramenta no cuidado à saúde da mulher e ao recém nascido, gerando portanto, melhores resultados assistenciais.