INTRODUÇÃO: O surgimento de novas tecnologias vem modificando o ensino-aprendizagem e transformando a forma de construir o conhecimento. Nesse contexto, a Educação à Distância vem ganhando espaço em formações superiores que tradicionalmente eram ofertadas exclusivamente de forma presencial, dentre estas, o curso de Enfermagem. Isso vem provocando questionamentos, principalmente, no que se refere às habilidades, técnicas e conhecimentos necessários para o desempenho das atribuições do enfermeiro no mercado de trabalho. OBJETIVO: Refletir sobre os desafios da graduação em Enfermagem à distância no Brasil. MÉTODOS: Trata-se de uma revisão integrativa. A pesquisa se deu nas seguintes bases de dados: BVS, PubMed/Medilne, SciELO, Acesso café de periódicos Capes e legislação pertinente, utilizando os seguintes operadores booleanos: Enfermagem, graduação e ensino à distância no título dos artigos. Foram utilizados os seguintes filtros: artigos de acesso aberto, texto completo, publicações dos últimos cinco anos e revisados por pares. A busca trouxe 12 artigos. RESULTADOS: Observou-se que o desenvolvimento da educação à distância no Brasil vem atendendo às prerrogativas expansionistas do mercado educacional, porém, não há garantia do padrão de qualidade e no caso da Enfermagem, a interação técnica, social e afetiva com usuários e outros profissionais nos serviços de saúde são os elementos mais prejudicados na modalidade. Além disso, pode-se observar déficits na garantia da formação com bases teórica e prática sólidas e na qualificação de profissionais dentro das prerrogativas de competências definidas nas Diretrizes Curriculares Nacionais e pelo que o Conselho Federal de Enfermagem acredita ser necessário para uma formação de qualidade. CONCLUSÃO: Embora a estratégia de ensino à distância apresente vantagens quanto ao acesso e flexibilização do atendimento e necessidades do aluno, é imprescindível que haja um amplo debate pelas partes interessadas para a garantia do cumprimento das prerrogativas de competências definidas nas diretrizes curriculares nacionais para o curso de graduação em Enfermagem no Brasil.