INTRODUÇÃO: A enfermagem exerce um papel crucial no manejo das feridas crônicas, avaliando integralmente os pacientes, promovendo o autocuidado e oferecendo suporte familiar. As feridas crônicas são lesões que não cicatrizam naturalmente ou que se tornam habituais, dados fatores internos e externos, impactando na qualidade de vida e implicando em alta carga econômica. OBJETIVO: Identificar na literatura nacional e internacional estudos que discutam complicações no manejo de pacientes com feridas crônicas pela equipe de enfermagem. METODOLOGIA: Trata-se de uma Revisão Integrativa realizada em junho de 2024, com a questão norteadora: "Quais os principais fatores que causam dificuldades à equipe de enfermagem ao lidar com pacientes que têm feridas crônicas?". A busca foi realizada nas bases Web of Science, PUBMED e BVS, com os descritores (decs.bvs.br) “Feridas crônicas; “atuação da enfermagem”; “cuidados de enfermagem”, interligados pelo operador booleano AND. Foram incluídos artigos publicados de 2019 a maio de 2024, relevantes para a questão principal, disponíveis em texto completo nos idiomas inglês, português e espanhol. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Foram encontrados 126 artigos, dos quais 6 foram selecionados. Publicados entre 2020 e 2023, sendo 3 da BVS (Brasil) e 3 da PUBMED (Turquia, Áustria e Singapura), apresentando métodos diversificados. A dor impacta significativamente a qualidade de vida dos pacientes com feridas crônicas, influenciando a rotina diária e relacionando-se a aspectos emocionais. Além da dor, características como tempo de duração, tipo, profundidade, exsudato e odor da ferida estão atrelados a tal contexto. O autocuidado é fundamental para a evolução das feridas crônicas, podendo causar sua regressão ou até retardar a cicatrização, especialmente diante dos desafios sociais, econômicos e culturais do paciente, incluindo acesso limitado a materiais de curativos nos serviços de saúde. Os enfermeiros enfrentam dificuldades ao lidar com essas variáveis, exigindo uma abordagem integral que considere não apenas a cicatrização, mas também o bem-estar geral dos pacientes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A dor somada a outros fatores característicos, representa um dos principais desafios enfrentados pela enfermagem ao lidar com pacientes que têm feridas crônicas. Com foco na melhora desses pacientes, deve-se reconhecer a dor como um indicador negativo e considerá-lo como um todo, priorizando a individualidade e um eficaz manejo dessas condições.