Introdução: O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990, estabelece a adolescência como o período entre 12 e 18 anos. Já a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde (MS) consideram o adolescente a pessoa com idade entre 10 e 19 anos. A promoção do uso de anticoncepcionais entre adolescentes e mulheres jovens requer redes de saúde e profissionais que saibam informar as necessidades individuais de cada cliente desse grupo. Também requer um planejamento assistencial apurado que seja efetivo para orientar o paciente na escolha do método contraceptivo. A contracepção em adolescentes depende de uma educação sexual mais assertiva por meio dos órgãos públicos, devido à falta de conhecimentos das jovens, além de imaturidade delas, tornou-se importante a realização dessa pesquisa para aprofundar na atuação do enfermeiro na contracepção de mulheres jovens. Objetivo: Compreender a assistência prestada na Atenção Básica (AB) pelos enfermeiros da Estratégia Saúde da Família (ESF), dando enfoque nas recomendações e aderência dos métodos contraceptivos apenas em mulheres jovens. Método: Estudo descritivo exploratório com abordagem qualitativa. A pesquisa foi realizada no município de Campina Grande, Paraíba, Brasil, em 9 Unidades Básicas de Saúde (UBS), com 15 enfermeiros que compõem a equipe de saúde da família. Os dados referentes a pesquisa foram analisados através da Análise de Conteúdo Temático de Bardin. Resultados e Discursões: Os resultados obtidos foram agrupados e discutidos por meio das seguintes categorias: dificuldades na adesão de métodos contraceptivos escolhidos e recomendados para as adolescentes; fragilidade na educação permanente dos enfermeiros na atenção primaria a saúde; abordagens e condutas dos enfermeiros na assistência as adolescentes. Considerações Finais: Percebeu-se que a hesitação das jovens em buscar atendimento, bem como a adesão ao uso contínuo de métodos contraceptivos, e a falta de capacitação de alguns profissionais da atenção básica são os principais fatores que prejudicam a eficácia da assistência de enfermagem prestada na contracepção de adolescentes.