Introdução: A vacinação é uma intervenção eficaz e econômica para prevenir doenças infecciosas e proteger a saúde pública. Altas taxas de cobertura vacinal, especialmente em crianças menores de 24 meses, são essenciais para controlar surtos e reduzir a morbidade e mortalidade infantil. Objetivo: Avaliar a situação da vacinação em crianças menores de 24 meses em uma determinada região, incluindo a cobertura vacinal, os fatores associados à adesão à vacinação e a qualidade dos serviços de saúde. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, avaliativo, de caráter quantitativo. A coleta de dados foi realizada de janeiro a junho de 2024, por meio de entrevistas com os responsáveis pelas crianças menores de 24 meses que frequentavam Unidades Básicas de Saúde (UBS) da cidade de Caxias-Ma. As entrevistas incluíram o perfil socioeconômico e demográfico dos entrevistados, a cobertura vacinal das crianças, o acesso aos serviços de saúde e a qualidade do atendimento recebido. Os dados foram analisados utilizando técnicas estatísticas descritivas, como médias, medianas e proporções. Resultados: Foram realizadas 125 entrevistas. Todas foram realizadas com participantes que residiam na zona urbana (100%) e 113 (90,40%) com participantes do sexo feminino. Dos entrevistados, 116 (92,80%) eram mães, sendo que destas, 67 (53,60%), estavam na faixa etária de 21 a 30 anos. A maioria dos entrevistados, 86 (68,8%), afirmou que a carteira de vacinação servia para registrar as vacinas administradas, mas 62 (50,40%) não souberam indicar quais vacinas as crianças deveriam receber. No dia da entrevista, 69 crianças (55,20%) não tinham sido vacinadas, sendo que 37 (53,62%) não receberam a vacina por problemas relacionados à UBS, como falta de vacinas ou outros materiais necessários, ou porque não era dia de vacinação na unidade. Das crianças avaliadas, 47 (37,60%) apresentavam oportunidades perdidas de vacinação. A vacina contra a COVID-19 foi a mais atrasada, com 33 crianças (37,60%) sem essa imunização. Além disso, a tríplice viral estava em falta para 22 crianças (17,60%) e a tetra viral para 18 crianças (14,4%). Considerações finais: Os dados deste estudo revelam preocupações significativas sobre a cobertura vacinal de crianças menores de 24 meses, com muitas não recebendo vacinas adequadamente, resultando em oportunidades perdidas e atrasos vacinais. Os resultados destacam a necessidade urgente de intervenções coordenadas para melhorar a adesão à vacinação.