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Anais - 26º CBCENF

Resumo

Título:
FREQUÊNCIA DE UTILIZAÇÃO DA CADERNETA DE SAÚDE DA PESSOA IDOSA
Relatoria:
Abda Alicia Calheiros da Silva
Autores:
  • Thaynara Maria Pontes Bulhões
  • Andrey Ferreira da Silva
  • Müller Ribeiro-Andrade
  • João Araújo Barros-Neto
  • Risia Cristina Egito de Menezes
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Eixo 1: Assistência, gestão, ensino e pesquisa em Enfermagem
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O aumento significativo do número de pessoas idosas no Brasil é um fenômeno demográfico que tem sido perceptível nas últimas décadas. Esse panorama exige cuidados específicos em diversas esferas. Na perspectiva da saúde, o Ministério da Saúde desenvolveu a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa (CSPI) como um instrumento que permite o cuidado adaptado por meio de informações registradas pela equipe multiprofissional, auxiliando no manejo da saúde integral da pessoa idosa. Objetivo: avaliar o uso da CSPI no Estado de Alagoas. Método: Trata-se de um estudo transversal que é parte integrante da pesquisa maior intitulada “I Diagnóstico alagoano de saúde e qualidade de vida da pessoa idosa”, com amostra representativa de pessoas idosas (>= 60 anos) do Estado de Alagoas. Aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFAL. A coleta de dados ocorreu entre jun/2022 a dez/2023, por meio de visitas domiciliares. Foram coletadas informações sociodemográficas e de saúde. Foram realizadas as seguintes perguntas sobre a CSPI: 1) “O senhor(a) possui a CSPI?”; 2)”Sempre que vai à Unidade de Saúde o senhor(a) leva a CSPI?”; 3) “Os profissionais de saúde SEMPRE solicitam sua CSPI para preenchimento?” e 4) “A CSPI do(a) senhor(a) está devidamente preenchida e atualizada?”. Resultados e Discussão: A amostra final foi composta por 1.097 pessoas, das quais 718 eram mulheres, 784 com escolaridade <= 4 anos, e com média de idade de 71.9 anos. Apenas 6.2% das pessoas possuíam a CSPI (n=68), sendo os municípios de Maceió (11,6%) e União dos Palmares (7,0%) com maior frequência de pessoas com CSPI. Entre as pessoas que possuíam a CSPI, 39,7% afirmam levar a CSPI aos atendimentos de saúde; apenas 23,5% afirmaram que os profissionais a solicitam para atendimento; e 42,6% (n=29) tem ela atualizada. Em análise univariada, nenhum dos fatores estudados se associou com o fato da pessoa idosa possuir a CSPI (p>0,05). Destaca-se que a pouca utilização da CSPI pode ser secundária às dificuldades enfrentadas na rotina da equipe de saúde para sua utilização, como a sobrecarga de trabalho frequentemente observada na rotina dos serviços, bem como o pouco reconhecimento da importância desse instrumento. Considerações finais: Embora seja um instrumento de grande importância para qualificar o cuidado oferecido às pessoas idosas, uma pequena parcela de pessoas idosas possuem a CSPI e a maioria não estava com ela atualizada, enfatizando a pouca valorização deste instrumento no cuidado em saúde.