O Ministério da Saúde aponta que a maior vulnerabilidade dos jovens é a exposição a infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). No mundo, estima-se que cerca de 1,3 milhões de pessoas tornaram-se recém-infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) no ano de 2022. O preservativo, popularmente conhecido como camisinha, é o único método de barreira que previne a transmissão de ISTs. O estudo atual teve como objetivo investigar a adesão dos acadêmicos da Universidade Estadual do Tocantins (UNITINS) ao uso de preservativos durante atividades sexuais, bem como os fatores influenciadores. Utilizando uma abordagem quantitativa com caráter exploratório-descritivo, a pesquisa foi conduzida no Campus Augustinópolis da Universidade Estadual do Tocantins entre agosto de 2023 e maio de 2024. A amostra incluiu 240 universitários, sendo 60 participantes de cada curso (Ciências Contábeis, Direito, Enfermagem e Medicina). Os dados foram coletados por meio de questionários contendo 15 perguntas abertas e fechadas. Os resultados revelam que a média de idade para a primeira relação sexual situa-se entre 15 e 20 anos em todos os cursos, com a maioria dos estudantes declarando-se solteiros. Os discentes demonstraram ter amplo conhecimento sobre a utilização correta do preservativo e seus benefícios. No entanto, apenas 60% dos discentes de Ciências Contábeis apresentaram uma boa aceitação ao uso da camisinha durante as relações sexuais, sendo este o curso com o maior número de múltiplos parceiros sexuais em um período de 12 meses. Em contraste, os estudantes de Direito (65%), Enfermagem (53,3%) e Medicina (53,3%) demonstraram uma baixa adesão à camisinha, onde a maioria declarou ter tido apenas um parceiro sexual no mesmo período. É notável que, embora os acadêmicos da área de Ciências da Saúde tenham acesso a informações sobre prevenção de ISTs e métodos contraceptivos, isso não garante práticas sexuais seguras. Conclui-se que, mesmo que 60% dos discentes de Ciências Contábeis aderem ao uso de preservativos, ainda há 40% que não utilizam camisinha durante as relações sexuais. Ficando visível que existe uma baixa adesão ao preservativo pelos acadêmicos da UNITINS, assim, é fundamental fortalecer a educação sexual no ambiente universitário, realizar campanhas de conscientização para promover o uso de preservativos de forma consciente e disponibilizá-los em locais estratégicos da universidade para facilitar seu acesso.