Introdução: As tecnologias leves são um tipo de estratégia na saúde que não utiliza tecnologias digitais, mas a interação social, o diálogo e vínculo do enfermeiro com o paciente, levando à inclusão das mulheres moradoras de rua no Sistema Único de Saúde (SUS), garantindo-as a universalidade que assegura o direito ao acesso a saúde. Neste contexto, destaca-se as Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) que são definidas como infecções causadas por microrganismos sem o uso de preservativo na relação sexual com uma pessoa infectada, gerando um grande problema de saúde pública. Objetivo: Compreender a importância da utilização das tecnologias leves em específico a Educação em Saúde para prevenção de IST’s em mulheres de rua. Método: Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, sendo pesquisado artigos que abordassem sobre educação em saúde e infecções sexualmente transmissíveis à população de rua e o uso de tecnologias leves na saúde. Foram buscados artigos na base de dado SciELO e Ministério da Saúde, sendo critérios de inclusão artigos com publicação de 2020 a 2023. Resultados/Discussão: O acesso integral à saúde para estas mulheres em situação de rua é um problema que envolve diversas áreas, dentre elas as socioeconômicas. O emprego de estratégias que acentuam uma conduta humanística no acolhimento é crucial para este grupo de mulheres que necessita de cuidados básicos e educações em saúde, considerando um aumento significativo no que diz a respeito às IST’s. Segundo esta premissa, é vital a estas mulheres a adoção das tecnologias leves, como a aplicação de rodas de conversas com o objetivo de tirar dúvidas e fornecer informações sobre as IST’s, a oferta de cuidados e orientações sexuais onde vivem e a promoção da escuta qualificada afim de identificar suas necessidades básicas. Considerações finais: Conclui-se que a tecnologia leve exerce um papel crucial na educação em saúde sexual voltada à promoção e prevenção de doenças infecciosas. A vida precária e a falta de acesso aos serviços de saúde tornam estas mulheres vulneráveis às contaminações sexuais. Em suma, as técnicas usadas nesta tecnologia propõem abordagens humanizadas e efetivas para as moradoras de rua, visto que elas possuem uma fácil adaptabilidade, permitindo que sejam integradas e aceitas por este público, além de promoverem a inclusão social e o acesso universal aos serviços de saúde, reduzindo a vulnerabilidade dessa população as infecções sexualmente transmissíveis.