A problemática do descarte inadequado de resíduos de medicamentos é um desafio global que afeta diretamente a saúde pública e o meio ambiente, contamina o solo, a água, agride a biodiversidade e os ecossistemas. No Brasil, apesar de regulamentações como a RDC 222/18 da ANVISA e a 358/2005 do CONAMA, há carência de orientações técnico-científicas claras sobre o tratamento e destino desses resíduos. Trata-se de estudo descritivo do tipo relato de experiência durante a realização do projeto de extensão, intitulado “Descarte responsável: como livrar-se de medicamentos vencidos de maneira adequada”. Vinculado ao Programa Institucional de Bolsa de Extensão (PIBEX), em vigor, na Universidade Estadual do Maranhão/ UEMA Campus Santa Inês – MA, o projeto visa orientar a comunidade acadêmica da UEMA/ Campus Santa Inês sobre o descarte correto de medicamentos, transformando alunos em multiplicadores desse conhecimento no município de Santa Inês - MA. A metodologia consiste na realização palestras educativas e mesas redondas detalhando os impactos ambientais e de saúde do descarte inadequado de medicamentos; na criação de cartilha explicativa sobre os riscos e procedimentos corretos para o descarte de medicamentos, assim como a disposição de um coletor específico dentro do campus. Durante a realização das palestras educativas e rodas de conversa foi observado que os acadêmicos não tinham conhecimentos sobre a temática e não sabiam da gravidade dos impactos gerados pelo descarte incorreto de medicamentos, assim como também não conheciam as formas corretas de realizar esse descarte. A experiência na UEMA/ Campus Santa Inês tem sublinhado a relevância da educação em saúde para promover práticas de descartes responsáveis. Acredita-se que tornar os acadêmicos agentes multiplicadores da temática fará a diferença para além da UEMA/ Campus Santa Inês. Ampliar o projeto e fortalecer parcerias locais vê-se como crucial para proteger o meio ambiente e a saúde pública, já que a prática correta de descarte de medicamentos ainda enfrenta desafios devido à falta de conhecimento e infraestrutura. Educação e politização são ferramentas essenciais no exercício de proteção do nosso planeta.