Introdução: No Brasil, a adolescência é definida pelo Ministério da Saúde conforme critérios da OMS (10 a 19 anos). Durante esse período, aumenta-se a autonomia e a experimentação, mas também há imaturidade social, levando a comportamentos de risco como práticas sexuais não planejadas. Isso amplia a vulnerabilidade a Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s), gestações indesejadas e abortos inseguros, destacando a necessidade crucial de educação sexual para orientar decisões saudáveis dos adolescentes. Objetivo: Analisar, a partir da literatura científica, a atuação do profissional enfermeiro na educação sexual de adolescentes. Método: Trata-se de uma pesquisa de revisão narrativa da literatura, com busca realizada nas bases de dados SciELO e BVS. Foram incluídos estudos relacionados à temática de interesse, publicados em português, nos últimos dez anos. Utilizando a estratégia de busca “Educação Sexual” AND “Enfermagem” AND “Adolescente”. Resultados e Discussão: A adolescência é um estágio caracterizado por mudanças físicas, hormonais e psicossociais, que impactam a compreensão e vivência da sexualidade. Um elemento essencial desse processo é a educação sexual, que visa ir além da anatomia e dos aspectos biológicos. Durante essa fase, é muito comum surgirem dúvidas sobre identidade, desejos e relações interpessoais. Frequentemente, esses jovens se sentem inseguros e curiosos. Na busca por entendimento, recorrem a diversas fontes de informação, como a mídia, a internet e amigos, que muitas vezes são distorcidas e descontextualizadas. A falta de informações corretas pode acarretar em consequências negativas para os adolescentes, levando a comportamentos de risco, como práticas sexuais não planejadas, aumento da vulnerabilidade e exposição a IST’s. Dessa forma, compete ao enfermeiro, que comumente tem o primeiro contato com este público, fornecer informações claras, objetivas e científicas sobre sexualidade e tudo que engloba o tema, fazendo isso por meio de uma assistência que atenda as necessidades específicas de cada indivíduo, respeitando sua autonomia e particularidade. Considerações finais: O profissional de enfermagem colabora na desconstrução dos tabus e preconceitos, auxiliando no desenvolvimento de uma visão saudável e responsável sobre a sexualidade. Além disso, a enfermagem deve atuar como um mediador, ao envolver pais e responsáveis nesse processo educativo, orientando-os a abordar o tema de uma forma saudável e respeitosa.