Introdução: A assistência de enfermagem é um dos componentes fundamentais da Atenção Primária à Saúde, caracterizando-se pelo cuidado contínuo e integral prestado aos indivíduos e diversas minorias sociais, incluindo a população LGBTQIA+, que enfrenta barreiras no acesso aos serviços de saúde devido à discriminação e preconceito. Objetivo: Analisar a Assistência de Enfermagem prestada à população LGBTQIA+ nos serviços de Atenção Primária à Saúde, identificando os desafios enfrentados pelos Profissionais de Enfermagem. Metodologia: Para esta revisão, foi realizada uma pesquisa nas bases de dados BVS e LILACS, selecionando artigos publicados nos últimos 5 anos em inglês e português, com textos completos disponíveis gratuitamente, alinhados ao tema. Foram excluídos artigos de outras áreas da saúde ou focados na perspectiva de pacientes e/ou familiares. Os descritores utilizados foram: “Cuidados de Enfermagem”, “Atenção Primária à Saúde” e “Minorias Sexuais e de Gênero”. Resultados e Discussão: Na base BVS, foram encontrados 14 artigos, mas apenas 6 foram incluídos após os critérios de seleção. Na base LILACS, dos 10 artigos encontrados, 2 foram incluídos, 4 eram duplicatas e 4 foram desconsiderados pelos critérios. A análise dos 8 artigos revela o despreparo dos profissionais de enfermagem para atender as necessidades da população LGBTQIA+ na Atenção Primária. Embora o enfermeiro tenha um papel essencial de acolhimento e cuidado humanizado, muitos se sentem inseguros para abordar temas de orientação sexual e identidade de gênero, resultando em cuidado insatisfatório e incompleto. Além disso, os ambientes de cuidado não se mostram acolhedores, carecendo de materiais educativos, políticas claras e treinamentos contínuos que promovam respeito e inclusão. Conclusão: A atuação dos profissionais de enfermagem na Atenção Primária à Saúde da população LGBTQIA+ ainda é permeada por diversos desafios, como o despreparo e a falta de acesso à formação adequada nos cuidados dessa minoria. No entanto, a criação de ambientes de cuidado mais inclusivo e acolhedores, assim como fornecimentos de capacitações adequadas, pode garantir um atendimento digno e competente, reduzindo as disparidades em saúde e aprimorando a qualidade de vida dessa população.