A adolescência caracteriza-se por uma fase da vida marcada por acentuadas transformações nos aspectos biopsicossociais. A Diabetes Mellitus tipo 1 é uma das doenças crônicas mais comumente diagnosticadas neste grupo, sendo a saúde e a educação evocadas para ações intersetoriais que promovam um importante processo pedagógico que implica no desenvolvimento do empoderamento e de um pensamento crítico-reflexivo, induzindo os adolescentes para tomada de decisões de saúde para o autocuidado e autonomia. Objetivo: Analisar as dimensões de empoderamento dos adolescentes escolares de Vitória de Santo Antão sobre o Diabetes Mellitus tipo I após uma intervenção educativa. Método: Estudo intervencional, quantitativo, realizado com 179 adolescentes, por uma História em Quadrinhos validada, e a Escala de Empoderamento Juvenil em educação em Saúde (EJEduS). A análise da EJEduS foi pautada por uma análise fatorial confirmatória para o cálculo de Comparative Fit Index (CFI), Tucker-Lewis Index (TLI), e o Root mean square error of approximation (RMSEA) com o suporte do software JASP em sua versão 0.18.3, considerado o grau de liberdade para um nível de significância de 5%. Foi também realizado um levantamento descritivo dos itens da escala por medidas absolutas e relativas, e de tendência central, pela média, com o suporte do Epi Info versão 7.2.5.0. Para a comparação do alcance do empoderamento após a intervenção educativa no pós-teste imediato e de 40 dias, foi calculado o teste não-paramétrico de Wilcoxon, por um nível de significância de 5% com o suporte do programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) na versão 29.0. Resultados: A análise fatorial confirmatória da EJEduS demonstrou um levantamento multifatorial de CFI e TLI com valores de 0,989 e 0,988, respectivamente, e um RMSEA de 0,072. Os índices de modificação influenciaram a permuta do item 13 de empoderamento de classe social para empoderamento individual com o valor de 20,745. Alterando o item 13, a análise multifatorial revelou um CFI e TLI com valores de 0,989 e 0,989, respectivamente, e um RMSEA de 0,070. Verificou-se que não houve significância estatística nos níveis de empoderamento individual e de classe social quando analisados em dois diferentes momentos, por um valor de p > 0,05. Conclusão: A intervenção educativa provocou aumento no conhecimento dos adolescentes escolares. Porém, a ausência de uma ação dialógica revela frágil empoderamento dos adolescentes.