Introdução: A formação do enfermeiro enquanto agente promotor do cuidado à pessoa idosa não se dá apenas dentro de instituições de ensino superior, mas considera a educação formal, não formal e informal (CHRIZOSTIMO; CALDAS, 2021). Objetivo: Analisar a percepção dos enfermeiros acerca da influência da educação em serviço na gestão do cuidado à pessoa idosa hospitalizada. Método: Foi conduzida uma pesquisa exploratória-descritiva de abordagem qualitativa em um hospital universitário do Rio de Janeiro, durante o período de maio a junho de 2022. A amostra foi composta por 19 enfermeiros líderes de equipe. Para coleta de dados foram utilizadas entrevistas semiestruturadas, posteriormente submetidas à análise de conteúdo temático-categorial de Bardin (BARDIN, 2016). O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da instituição envolvida. Resultados/Discussão: A percepção de necessidade de atividades de educação em serviço acerca da saúde da pessoa idosa foi apontada por 52,63% (n=10) dos entrevistados. As limitações da qualificação profissional despontam em pouca clareza quanto às especificidades do envelhecimento, bem como insegurança nas propostas de intervenção (CAMACHO et al, 2021). Tal conjuntura, por sua vez, gera entraves à promoção do cuidado integral e do envelhecimento saudável, implicando, portanto, em um afastamento do modelo de saúde idealizado. Considerações finais: Os enfermeiros apontam demandas para qualificação indicando o protagonismo da instituição hospitalar na articulação dos saberes. A pesquisa reforça a necessidade de que os serviços de saúde, particularmente os hospitais, assumam e fortaleçam sua responsabilidade social, qualificando e desenvolvendo seus enfermeiros no que tange aos cuidados gerontológicos.